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Vereadores de Augustinópolis, em Tocantins, são presos durante operação

Apenas presidente da Câmara, que não está sendo investigado, não foi preso

Por G1/Tocantins 25/01/2019 10h10
Vereadores de Augustinópolis, em Tocantins, são presos durante operação
Mandados foram cumpridos na prefeitura de Augustinópolis - Foto: G1/TV Anhanguera

A Justiça determinou a prisão temporária de dez vereadores de Augustinópolis, na região norte do Tocantins. A Polícia Civil cumpre os mandados na manhã desta sexta-feira (25). Apenas o presidente da Câmara de Vereadores não teve a prisão decretada, mas está sendo levado para depor. Ao todo, a cidade tem 11 vereadores. A operação foi chamada de Perfídia e investiga a cobrança de propina para aprovar projetos enviados pela prefeitura da cidade.

Até às 9h, sete vereadores foram presos e três são considerados foragidos. A operação é feita pela Polícia Civil e Ministério Público. São 14 mandados de busca e apreensão, dez de prisão temporária e três mandados de condução para depor.

Segundo a investigação, os vereadores cobravam propina para aprovar projetos enviados pela prefeitura. A suspeita é de que o esquema movimentava cerca de R$ 40 mil por mês.

Além de determinar a prisão, a Justiça determinou também o afastamento dos dez vereadores por 180 dias. Com isso os suplentes devem ser nomeados imediatamente para ocupar os cargos. Apenas o presidente da Câmara, que não está sendo investigado neste momento, continua no cargo.

Os mandados de prisão são contra os seguintes vereadores:

  • Maria Luisa de Jesus do Nascimento
  • Antônio Silva Feitosa
  • Antônio Barbosa Sousa
  • Antônio José Queiroz dos Santos - Foragido
  • Edvan Neves Conceição - Foragido
  • Ozeas Gomes Teixeira
  • Francinildo Lopes Soares
  • Angela Maria Silva Araújo de Oliveira
  • Marcos Pereira de Alencar
  • Wagner Mariano Uchôa Lima - Foragido

Serão levados para depor o presidente da Câmara de Vereadores, Cícero Cruz Moutinho, o secretário de administração de Augustinópolis e um servidor do controle interno do município.

Em entrevista, o presidente disse que não sabia sobre o esquema. "Para mim está sendo uma surpresa. Uma surpresa grande, não estou sabendo nem do que se trata essa situação. [Agora] Esperar que vai ser feito. Não recebi nenhuma decisão, simplesmente fui intimado para vir à Câmara e depois à delegacia", disse.


O G1 tenta contato com a defesa dos suspeitos e com a Prefeitura de Augustinópolis.