Suposto alvo de chacina em bar no Capim tinha passagens pela polícia
Delegacia de Homicídios de Arapiraca já começou a investigar o crime
A polícia suspeita que Jailson Barros da Silva, 32, mais conhecido como "Jailson Catu", era o verdadeiro alvo dos criminosos que cometeram o triplo homicídio na noite de segunda-feira (28) em um bar no sítio Capim, zona rural de Arapiraca.
O jovem foi uma das três vítimas fatais da chacina e tinha passagem pela polícia. Jailson Catu doi preso em junho de 2015, em outro bar também na comunidade do Capim, de posse de uma arma de fogo. Na ocasião, ao ser abordado por policiais militares da Força Tática, chegou a jogar o revólver para se livrar da prisão em flagrante, mas depois que a arma foi recuperada, admitiu ser o proprietário e foi preso.
Parentes dele, que aguardavam a liberação do corpo no IML de Arapiraca, pela manhã, alegavam que apesar da prisão, Catu não tinha envolvimento em crimes. Eles disseram ainda não acreditar que ele era o alvo dos criminosos, justificando que as outras duas vítimas fatais, os irmãos Edson Caetano da Silva, 51, e Quitéria Caetano da Silva, 55, proprietários do bar onde o crime aconteceu, foram atingidas por um número maior de disparos.
Conforme os primeiros levantamentos sobre a chacina, Jailson Catu estava bebendo no estabelecimento desde o começo da tarde. Outras pessoas que estavam no estabelecimento perceberam que ele estava sendo observado por ocupantes de um veículo Celta, que passou algumas vezes em frente ao bar antes de o crime acontecer.
Além de Jailson Catu e do casal de irmãos, um jovem de 25 anos que também estava no bar foi atingido por um disparo, deflagrado por uma pistola 9 milímetros. A vítima, cujo nome está sendo preservado a pedido da família, havia saído um pouco antes do trabalho e aguardava, no bar, uma carona para voltar para casa.
O tiro que atingiu o pé esquerdo do jovem provocou uma fratura e ele foi encaminhado para o Hospital de Emergência do Agreste. O quadro de saúde dele é estável, mas até o início desta tarde (29) não havia previsão de alta. Uma parente dele entrou em contato com o 7Segundos solicitando que o nome dele não fosse divulgado e que por ser o único sobrevivente da chacina, a família teme pela segurança dele.
Os corpos das três vítimas foram liberados pelo IML agora há pouco.