Brasil

Governo decide encerrar o Programa Mais Médicos

A ideia é substituir o Mais Médicos por um plano de carreiras que irá tornar algumas regiões do Brasil mais atrativas aos profissionais.

Por JC Online, com informações do jornal EL País e AFP 07/02/2019 09h09
Governo decide encerrar o Programa Mais Médicos
Governo decide encerrar o Programa Mais Médicos - Foto: Karina Zambrana /ASCOM/MS

Quase dois meses após do governo cubano suspender a participação dos profissionais no Programa Mais Médicos, o governo de Jair Bolsonaro decidiu encerrar o programa e informou que um novo projeto será implementado. Segundo informações colhidas pelo jornal El País, a ideia é substituir o Mais Médicos por um plano de carreiras que irá tornar algumas regiões do Brasil mais atrativas aos profissionais.

De acordo com a secretária de gestão no trabalho e educação em saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, não serão mais abertos editais do Mais Médicos. Com isso, os profissionais que atuam no programa permanecerão até o final dos contratos, que têm duração de três anos. Cerca de 8.500 vagas foram abertas após a saída dos cubanos e até o momento ainda restam 1.462 vagas não preenchidas. "Todas as vagas do atual edital foram completadas por brasileiros inscritos. E esse deverá ser o último edital do programa, que será substituído pela carreira federal em áreas de difícil provimento e que está em elaboração", declarou Mayra.

Com a ocupação total das vagas, que, segundo a pasta da Saúde, poderá ser preenchida com os cerca de 3.700 médicos brasileiros que são formados no exterior e se inscreverão no edital ainda nesta semana, os profissionais estrangeiros inscritos no programa, que deveriam escolher os municípios nos dias 18 e 19 deste mês, não devem mais participar do Mais Médicos.

Participação suspensa
O governo de Cuba anunciou no dia 14 de novembro do ano passado a retirada do Programa Mais Médicos após a rejeição das modificações anunciadas pelo, até então, presidente eleito Jair Bolsonaro. "O Ministério de Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do Programa Mais Médicos e assim comunicou à diretora da Organização PanAmericana de Saúde (OPAS) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa", disse o comunicado.