O presidente Jair Bolsonaro iniciou a segunda-feira reclamando de gastos na área de educação no Brasil e alertou que esse tema já está sendo investigado e, por isso, o governo vai adotar novas medidas em breve.

Segundo ele, o país gasta mais em educação em relação ao PIB do que a média de outros países desenvolvidos. Ele apontou que, em 2003, o Ministério da Educação gastou cerca de R$ 30 bilhões nessa área e que, em 2016, os valores subiram e atingiram cerca de R$ 130 bilhões.

Bolsonaro também alegou que essa área passou a ocupar as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). "Dados iniciais revelam indícios muito fortes que a máquina está sendo usada para manutenção de algo que não interessa ao Brasil. Sabemos que isto pode acarretar greves e movimentos coordenados prejudicando o brasileiro", afirmou Bolsonaro através do Twitter.

O presidente disse que pretende prestar mais informaçoes sobre esses gastos em breve. "Há algo de muito errado acontecendo: as prioridades a serem ensinadas e os recursos aplicados. Para investigar isso, o Ministério da Educação junto com o Ministério da Justiça, Polícia Federal, Advocacia e Controladoria-Geral da União criaram a Lava-Jato da Educação." Logo depois, também pelas redes socais, o presidente afirmou que uma das metas do seu governo é mudar as diretrizes educacionais para impedir o avanço de militantes políticos e formar cidadãos.

"Mudar as diretrizes "educacionais" implementadas ao longo de décadas é uma de nossas metas para impedir o avanço da fábrica de militantes políticos para formarmos cidadãos", publicou em seu perfil no Twitter nesta segundafeira. Alexandre Garcia Bolsonaro também sugeriu que seus seguidores acompanhem o canal no YouTube do jornalista Alexandre Garcia, ex-comentarista político da Globo, que deixou a emissora na virada do ano, dias antes da posse de Bolsonaro, e que foi um dos convidados do presidente para um café da amnhã na semana passada. "Inscreva-se no canal do youtube do jornalista @alexandregarcia e tenha conhecimento de assuntos importantes do cotidiano político brasileiro", afirmou o presidente pelo Twitter. O comentário foi um dos poucos elogiosos a algum veículo de imprensa ou jornalista desde que Bolsonaro tomou posse, há dois meses.