[Vídeo] Vigilante suspeito na morte de empresário tem prisão preventiva decretada
Valdir dos Santos Azevedo inventou a versão de latrocínio e depois apresentou duas versões sobre a suposta queda do empresário
Na manhã desta sexta-feira (15) o juiz da 8ª Vara Criminal de Arapiraca, Alberto Almeida, decretou a prisão preventiva do vigilante Valdir dos Santos Azevedo, que é suspeito de envolvimento na morte do empresário Petrúcio Torjal. O empresário morreu na madrugada desta quinta-feira (14) com politraumatismos em consequência de uma queda do primeiro andar de sua concessionária de veículos, localizada no bairro São Luís, em Arapiraca.
No mesmo dia da morte do empresário, o vigilante Valdir dos Santos Azevedo prestou depoimento ao delegado regional de Arapiraca, Everton Gonçalves, e apresentou três versões das circunstâncias que culminaram na morte do empresário. Após o depoimento o delegado Everton Gonçalves prendeu o vigilante em flagrante.
O delegado afirmou que o vigilante inventou a versão do latrocínio. Só havia ele e o empresário na cena do crime. Na segunda, versão o vigilante afirmou que foi uma queda e que ele teria visto quando o empresário acidentalmente caiu. E na última versão, Valdir dos Santos disse que não viu quando o empresário caiu.
“Ele mente muito. Por isso pedi a prisão preventiva para buscar elementos que possam comprovar a versão de acidente ou confirmar o homicídio”, afirmou o delegado.
Ficção policial
Na primeira versão, o vigilante inventou uma história digna de longa metragem de ficção policial. Ele afirmou que três criminosos foram até o primeiro andar, onde o empresário estava e anunciaram o assalto. O mais mirabolante dessa versão é que o vigilante afirmou que estava no banheiro e ouviu tudo isso.
O vigilante chegou até a reproduziu até as falas dos criminosos. “ Perdeu, perdeu. Queremos a chave dos veículos ”, contou.
Ainda segundo a primeira versão, o vigilante relatou que o empresário Petrúcio Torjal afirmou que não tinha as chaves do veículo e entrou em luta corporal com os assaltantes e depois foi jogado do primeiro andar do prédio.
“Eu desci as escadas devagar para chamar alguém da empresa de segurança. E um dos assaltantes chegou a perceber quando eu desci as escadas. Então eles saíram correndo”, relatou o vigilante na primeira versão.