Acusado de esfaquear três em Inhapi é preso pela polícia
Vítimas tem entre 14 e 81 anos e já receberam alta
Um homem acusado de tripla tentativa de homicídio foi preso, em Inhapi, logo após o crime. José Edson da Silva foi autuado em flagrante e levado para a delegacia regional de Delmiro Gouveia, que teve a superlotação denunciada pelo Sindpol durante o fim de semana.
Segundo informações, o acusado teria se envolvido em uma discussão na rua Estudante Rubens Nunes de Oliveira, no bairro Castelo Branco, na madrugada de domingo (14). Após entrar em vias de fato, ele teria sacado uma faca e atingido três pessoas de uma mesma família: Maria dos Prazeres Venâncio, 81; José Ivanildo Venâncio Gomes, 31; e um adolescente de 14 anos.
José Edson foi contido por populares até a chegada da Polícia Militar e as vítimas foram encaminhadas para uma unidade de saúde. Há informações de que as três já receberam alta.
No último fim de semana, a superlotação na delegacia de Delmiro Gouveia levou o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) a preparar uma denúncia que será encaminhada nesta segunda (15) à Justiça. O imóvel que funciona como sede provisória da Polícia Civil no município conta apenas com uma cela que, na noite de sexta, abrigava onze presos.
"O efetivo de policiais civis, que já é reduzido, torna-se mais precário com a superlotação de presos. Com o caos, os policiais estão deixando de fazer as atividades da Polícia Judiciária para tomar conta de presos", afirma o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário.
Segundo ele, a delegacia não dispõe de estrutura para abrigar presos e, em decorrência da superlotação da cela, as brigas entre os presos são frequentes. O sindicalista classifica a situação como desumana para os presos e que representa risco iminente para os policiais civis que trabalham no local, que ficam custodiando presos em vez de investigar os crimes ocorridos na região, comprometendo a eficiência da Polícia Civil no Sertão.
A situação, de acordo com Nazário, poderia ser bem diferente se a Casa de Custódia do município estivesse funcionando. As obras foram iniciadas em 2016 com previsão para serem concluídas em setembro do ano seguinte, mas ainda não foram finalizadas, de acordo com o Sindpol. Desde esse período, a custódia de presos se tornou um problema à parte para a Polícia Civil, que passou a mandar presos para a delegacia de Piranhas e para o posto policial no povoado Barragem Leste, ambos com estrutura precária.