Cirurgia cardíaca de Arapiraca tem menor mortalidade de AL pelo 3º ano consecutivo
Dados do Ministério da Saúde colocam o serviço entre os melhores do Brasil
Iniciado o 5º ano de funcionamento após habilitação junto ao Ministério da Saúde, ocorrida em dezembro de 2014, o serviço de alta complexidade cardiovascular de Arapiraca tem o que comemorar.
Situado no Hospital CHAMA, o serviço se aproxima da cirurgia de número 350 e tem a menor mortalidade hospitalar em pós operatórios de cirurgia cardíaca em Alagoas desde 2016, segundo dados consolidados do Ministério da Saúde (DataSUS) que analisou os 15 principais tipos de cirurgias cardíacas em 2.320 pacientes operados entre Janeiro de 2015 e Dezembro de 2018.
O cirurgião cardíaco e responsável técnico pelo serviço, Dr. Sérgio Francisco dos Santos júnior, ressalta que os bons resultados divulgados hoje são fruto de um planejamento estratégico que envolve não só o ato operatório, mas todas as etapas desde as consultas ambulatoriais, exames precisos e manejo pós-operatório adequado, ou seja, um trabalho em equipe tão importante quanto qualquer habilidade cirúrgica.
Os dados compararam as taxas de mortalidade dos pacientes operados pelo Sistema Único de Saúde nos 3 hospitais habilitados para este tipo de serviço em Alagoas: Santa Casa de Maceió, Hospital do Açúcar e Hospital CHAMA de Arapiraca, que mantém a menor taxa desde 2016 (Gráfico 1).
Na média dos últimos 4 anos o Serviço de Arapiraca também possui a menor taxa de mortalidade, com 4,33% (gráfico 2) o que o coloca comparável com os melhores do país, como INCOR/SP (5,42%) e Beneficência Portuguesa de São Paulo (3,47%) (Gráfico 3).
“Guardando as proporções do volume cirúrgico das instituições paulistas, é uma satisfação grande poder entregar resultados semelhantes àqueles do local onde você foi formado” afirma Dr. Sérgio Francisco, Alagoano, que fez a formação na Beneficência Portuguesa de São Paulo e que chefia o serviço local desde sua fundação.
“No final das contas o ganho não é apenas para Arapiraca e região, mas para o Estado de Alagoas”, finaliza Dr. Sérgio.