Processo de Lula sobre sítio de Atibaia pode ser julgado no segundo semestre, diz desembargador
A ação do sítio de Atibaia foi o pivô das condenações de Lula.
O presidente da Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Leandro Paulsen, afirmou nesta quarta-feira (26) que o processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvareferente ao sítio de Atibaia (SP) pode ser votado no segundo semestre deste ano. O desembargador revelou que os processos da Lava Jato estão praticamente em dia no TRF-4.
“Não temos razão nenhuma para atropelar ou pra retardar. Será no tempo adequado, assim que nós nos sentirmos seguros, após a análise do processo como um todo, nós levaremos a julgamento. É possível que ocorra no segundo semestre deste ano, dependendo de o processo estar pronto para ser julgado”, declarou.
A ação do sítio de Atibaia foi o pivô das condenações de Lula. Ele foi sentenciado em primeira instância pela juíza federal substituta Gabriela Hardt 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em fevereiro.
Supostas conversas de Sergio Moro
Sobre as recentes publicações envolvendo o então juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato, Paulsen questionou o vazamento de supostas conversas sigilosas, mas reconheceu que é necessário garantir a liberdade de imprensa.
“É uma pena que estas conversas, que são privadas entre agentes públicos, estejam vazando e sendo exploradas da maneira como são. De qualquer maneira eu tenho muito claro que temos que preservar a liberdade de imprensa. Acima de tudo, o direito da população brasileira a ser informada”, afirmou.
O desembargador também garantiu “absoluta lisura” do TRF-4 e assegurou não haver temor algum de que surjam citações envolvendo os magistrados na Corte em eventuais reportagens.
Questionado se imagem de Sergio Moro ficou arranhada perante a opinião pública, após as reportagens do The Intercept Brasil, Paulsen referendou a intenção do presidente Jair Bolsonaro de indicá-lo para uma eventual vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Ele é uma pessoa que, até agora, pelo que se sabe, pelas informações que se tem, por todo o seu histórico, é uma pessoa com absoluta probidade. É uma pessoa capaz, um jurista que realmente tem conhecimento consolidado. Então, a mim parece que ele realmente tem todas as condições para ocupar uma cadeira da mais alta Corte do País”, finalizou.