Citado por hacker, Lula nega ter smartphone e conta no Telegram
Walter Delgatti Neto afirmou à Polícia Federal que acessou conta do ex-presidente, tendo acesso apenas à sua agenda no aplicativo
Depois de o hacker Walter Delgatti Neto ter dito à Polícia Federal que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está entre os alvos de suas invasões no aplicativo Telegram, a conta do petista no Twitter negou que Lula tenha conta no aplicativo e afirmou que ele nunca sequer teve um smartphone. O ex-presidente está preso desde abril de 2018 na superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e 1 mês de prisão no processo da Operação Lava Jato referente ao tríplex do Guarujá.
“QUE não tentou fazer o acesso a conta de TELEGRAM de nenhuma outra autoridade pública além daquelas citadas anteriormente no presente termo; QUE entretanto, também acessou o conteúdo do TELEGRAM do expresidente LULA, tendo acesso apenas a sua agenda do aplicativo; QUE não possui qualquer registro dos ataques realizados à conta do TELEGRAM do ex-presidente LULA”, diz o relatório do depoimento de Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho.
Delgatti Neto afirmou à PF que o primeiro alvo de seu ataque foi o promotor de Justiça Marcel Zanin Bombardi, responsável pelo oferecimento de uma denúncia contra ele pelo crime de tráfico de drogas, relacionado a medicamentos. À PF, o hacker afirmou que resolveu atacar o aparelho de Bombardi por atos que ele considerava “ilícitos” cometidos pelo promotor.
As conversas de Bombardi no aplicativo de mensagens Telegram foram armazenadas por ele em seu notebook. Delgatti disse que não publicou o conteúdo das mensagens por “temer ser vinculado ao ataque”, tendo em vista que morava em uma “cidade pequena” e ser conhecido por ter “conhecimento avançado em informática”.
A partir da lista de contatos de Marcel Zanin Bombardi, Delgatti iniciou uma série de invasões. Primeiro, por meio da conta de um procurador da República, ele teve acesso ao “Valoriza MPF”, grupo criado pelo procurador regional da República José Robalinho Cavalcanti. Um dos membros do grupo, cujo nome o hacker disse não se recorda, tinha o contato do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP). Através do celular do parlamentar, o hacker chegou ao número do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A invasão ao aparelho de Moraes forneceu a Delgatti Neto o telefone do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Por meio da agenda de Janot, obteve o número de membros da força-tarefa da Lava Jato, como os procuradores Deltan Dallagnol, Orlando Martello Júnior e Januário Paludo.
Veja também
Últimas notícias
Youtuber condenado viralizou com pegadinhas de duplo sentido
IML libera corpo de piloto australiano morto em queda de avião com drogas em Coruripe
Homem é encontrado morto com sinais de agressão em terreno na Ponta da Terra, em Maceió
Homem é autuado por transporte ilegal de ave silvestre em Arapiraca
Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7
Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio estimado em R$ 3,5 milhões
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
