MEC quer forçar aprovação do Future-se via Medida Provisória
O programa, que prevê a captação de recursos pelos próprios institutos e universidades, segue em consulta pública até esta quinta-feira
O governo Bolsonaro estuda aprovar o programa Future-se no Congresso Nacional via Medida Provisória. A intenção foi anunciada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, realizada nesta quarta-feira 28.
Via MP, o programa teria força imediata de lei e seria debatido pelo Congresso Nacional em um prazo mais curto. Já como Projeto de Lei, a tramitação ocorreria de maneira mais lenta e proporcionaria maior debate. “Eu gostaria de mandar projeto de lei mas, como Medida Provisória, existe um ganho de alguns meses para as universidades que quiserem aderir”, declarou Weintraub.
Durante a comissão, da qual também participou o secretário de ensino superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, o ministro afirmou que a liberação da captação de recursos vai salvar as universidades do contingenciamento. “Hoje, os valores arrecadados pelas instituições vão para o caixa do governo, e com a arrecadação própria irão direto para as unidades. Vamos salvar as universidades“, declarou.
Segundo Weintraub, 15 reitores de universidades estariam fechados com a adesão ao Programa. “Quem não apoia o programa é contra aperfeiçoamentos, por caráter dogmático”, completou. As federais do Amazonas, Roraima, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amapá se manifestaram contra a adesão ao programa, após discussão com seus colegiados.
Ainda durante a comissão, o ministro afirmou que a intenção do governo não é a de ditar os rumos das pesquisas e dos ambientes universitários e que as instituições que não aderirem à proposta não terão orçamento reduzido.
O Future-se segue em consulta pública até a quinta-feira 29. O programa, anunciado em julho, tem como principal objetivo reestruturar o financiamento de institutos e universidades federais, partindo do princípio que as universidades e institutos federais operem para captar suas receitas próprias, condição que seria possível ao estabelecerem contratos com organizações sociais e atuarem dentro de alguns modelos de negócios privados.
A iniciativa segue levantando debates e críticas de especialistas em educação que temem, sobretudo, uma desresponsabilização do Estado com a educação pública e o favorecimento da financeirização da educação, que entende a educação como mercadoria e prevê o enriquecimento de conglomerados financeiros ligados ao capital privado.
Veja também
Últimas notícias
Secretária visita espaços do Centro de Inovação do Jaraguá para viabilizar projeto de ampliação e requalificação
Caminhão betoneira tomba em trecho da Avenida Pierre Chalita, em Maceió
PM apreende 31 armas de fogo e mais de 15 Kg de drogas na última semana em Alagoas
Pelopes prende homem e recupera veículo roubado em São Luís do Quitunde
Vocalista da banda Limão com Mel sofre acidente durante turnê nos Estados Unidos
32º Festival Municipal de Bumba Meu Boi encanta Jaraguá com tradição e espetáculo
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
