A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao cargo de embaixador em Washington é rejeitado por 70% dos brasileiros, segundo divulgou o instituto Datafolha, nesta quarta-feira 4. Somente 23% aprovam a nomeação.

A pesquisa perguntou aos entrevistados se o presidente Jair Bolsonaro (PSL) “está agindo bem ou mal ao indicar seu filho Eduardo para a embaixada dos EUA”. Foram 2.878 entrevistas realizadas em 175 municípios em todo o país, entre 29 e 30 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais.

Os índices de rejeição são altos em quase todos os segmentos da sociedade pesquisados, exceto os que têm o PSL como partido de preferência (64% aprovam) e entre os que avaliam a atual gestão como ótima ou boa (54% aprovam).

A reprovação é maior entre ateus (95% rejeitam), entre os que avaliam a gestão como ruim ou péssima (92% rejeitam) e os que têm o PT como legenda predileta (89% rejeitam).

Maioria de homens (70%) e mulheres (71%) acham que Bolsonaro age mal em indicar seu filho. A opinião é a mesma entre brasileiros de 16 a 24 anos (74%), 25 a 34 anos (72%), 35 a 44 anos (70%), 45 a 59 anos (71%) e acima de 60 anos (65%). A indicação também é rejeitada por entrevistados com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (70%), entre 2 e 5 salários (73%), entre 5 e 10 (67%) e mais de 10 (74%).

Se comparados os resultados em cada região, o plano de Bolsonaro em nomear o filho é mais mal recebido no Nordeste (76%), seguido do Sudeste (71%), depois Sul, Norte e Centro-Oeste (65% de rejeição cada). A aprovação é maior no Centro-Oeste (32% favoráveis).

Até entre os eleitores de Bolsonaro, a indicação não é bem vista. Dos entrevistados que declararam voto no atual presidente, 53% são contrários à nomeação e 40% são favoráveis. Entre os que votaram no petista Fernando Haddad, 88% reprovam a indicação contra 9% que aprovam.

O resultado da pesquisa apresenta resultado semelhante a dois levantamentos anteriores. Em 26 de agosto, a Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o Instituto MDA, noticiou que 72,7% dos brasileiros reprovavam a indicação, contra 21,8% favoráveis. Em 9 de agosto, estudo da consultoria XP Investimentos informou o número de 62% contrários contra 29%.

Bolsonaro ainda não oficializou a indicação do filho. Eduardo ainda precisa ter o nome aprovado por votação no Senado Federal.