Justiça

Casal condenado por morte de vendedor em Arapiraca irá cumprir pena em regime fechado

Claudiomar e Margarida estavam recorrendo em liberdade da sentença pelo homicídio de João Ricardo

Por 7 Segundos 23/10/2019 07h07
Casal condenado por morte de vendedor em Arapiraca irá cumprir pena em regime fechado
Júri popular aconteceu em 2013, no Fórum de Arapiraca - Foto: Arquivo/ 7Segundos

O casal Claudiomar Francisco da Silva e Margarida Lira da Silva deverão cumprir, em regime fechado, condenação pelo assassinato de João Ricardo Albuquerque, ocorrido onza anos atrás, no povoado Cangandu, zona rural de Arapiraca. Margarida Lira foi presa na manhã desta terça (22) em Maceió e, de acordo com a Polícia Civil, Claudiomar Francisco está sendo monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.

De acordo com informações da 8ª Vara de Arapiraca, foram expedidos mandados de prisão contra o casal, que aguardava em liberdade o julgamento de recursos do júri popular ocorrido em 2013, quando ambos foram condenados a 12 anos de prisão. Com os recursos, a sentença de Margarida Lira foi reduzida para 9 anos, e a partir da prisão, ocorrida no bairro Santos Dumont, ela passa a cumprir a pena em regime fechado. A sentenda de Claudiomar Francisco foi mantida em 12 anos e ele também deve iniciar o cumprimento da pena em regima fechado. 

João Ricardo trabalhava como vendedor de planos de saúde da Unimed e o assassinato dele teve grande repercussão na época. Colegas de trabalho e familiares chegaram a organizar uma manifestação pedindo por justiça. Ele tinha 49 anos quando foi executado a tiros no momento em que saía da casa da namorada, no povoado Cangandu, no dia 09 de fevereiro de 2008. 

Conforme as investigações policiais feitas à época, os disparos foram efeituados por Claudiomar Francisco e Margarida Lira teria ajudado o marido na fuga. Na época, o casal era dono de uma funerária e a motivação do crime está relacionada à discussão entre vítima e acusados sobre o valor de um caixão. João Ricardo pagava um plano funerário e considerou abusivo o preço cobrado pelo caixão na empresa de Claudiomar. Durante a discussão, a vítima teria chamado o dono da funerária de ladrão.

Dias após o crime, a irmã de João Ricardo, Vera Lúcia Albuquerque Queiroz, cometeu suicídio, ateando fogo contra o próprio corpo.