Venezuela critica Brasil por refúgio a militares que desertaram em RR
Governo do ditador Nicolás Maduro afirma que Brasília se comporta como 'cúmplice' de ataques para desestabilizar o país vizinho
O governo do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu neste domingo, 29, ao comunicado feito pelo Itamaraty e o Ministério da Defesa neste sábado, 28, segundo o qual os cinco militares venezuelanos encontrados em uma reserva indígena de Roraima na quinta-feira 26 “iniciarão os procedimentos para solicitação de refúgio no Brasil”.
O regime de Caracas classifica os militares como “terroristas” e “delinquentes” e afirma que eles são os responsáveis pelo ataque a uma base militar no sul do país, no domingo 22. Na ocasião, de acordo com o governo venezuelano, foram roubados do Batalhão de Infantaria de Selva Mariano Montilla, na localidade de Luepa, próxima à fronteira com o Brasil, 120 fuzis e nove lança-granadas. Um militar venezuelano teria sido morto em confronto com os invasores.
Por meio de uma nota divulgada no Twitter pelo chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, o governo Maduro diz que “rechaça categoricamente” a decisão do governo brasileiro e afirma que ela “confirma o padrão de proteção cumplicidade de governos satélites dos Estados Unidos para agredir a paz da Venezuela através de mercenários que confessaram seus crimes, sobre os quais existe demonstrada convicção de provas, treinados, pagos e protegidos por governos de países vizinhos”.
Para o governo de Caracas, o Brasil “estabelece perigosos precedentes de proteção a pessoas que cometeram delitos flagrantes contra a paz e a estabilidade de outro Estado. O governo brasileiro se converte assim em cúmplice de atividades armadas contra países vizinhos e o protetor dos delinquentes e mercenários que as protagonizaram”.
A nota afirma ainda que a Venezuela insistirá em pedir a “entrega imediata” dos cinco militares, enquanto denunciará a posição do Brasil “nas instâncias internacionais pertinentes, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
Acusação
Os cinco militares venezuelanos foram localizados durante uma missão de reconhecimento e patrulhamento nas áreas de fronteira conduzida por unidades do Exército brasileiro. Na ocasião, o ministro da Informação venezuelano, Jorge Rodríguez, disse que os autores do ataque receberam ajuda do presidente Jair Bolsonaro, o que foi negado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Rodríguez acrescentou que os agressores foram treinados em “campos paramilitares na Colômbia” e receberam assistência de Bolsonaro. Ele, entretanto, não forneceu detalhes para amparar essas acusações. Questionado, o Itamaraty afirmou que “o Brasil nega qualquer envolvimento no episódio”.
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