Dólar bate R$ 5 na abertura do mercado com pânico sobre coronavírus
Medidas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, de restringir viagens entre EUA e Europa repercutiram mal entre os investidores
As medidas anunciadas na noite de quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para conter o avanço da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) no país estressaram o mercado financeiro. Com isso, a cotação do dólar comercial disparou no Brasil e bateu a marca dos 5 reais logo na abertura dos negócios desta quinta-feira, 12. Por volta das 9h11, a moeda era vendida a 5,01 reais. Esse é o novo recorde nominal intradia da cotação desde o início do Plano Real.
Com o estresse da moeda, o Banco Central deve agir logo cedo. Há um novo leilão da moeda anunciado para a manhã, quando serão colocados a venda até 2,5 bilhões de dólares, 1 bilhão de dólares a mais que o ofertado no dia anterior. O leilão à vista tem dois objetivos: disponibilizar dólares aos bancos, para que não aconteça um estresse maior devido à falta de liquidez, e suavizar a volatilidade no mercado cambial. Por volta das 9h26, dólar operava na casa dos 4,98 reais, representando alta de 5,5% em relação a véspera, quando fechou cotado aos 4,72 reais.
Na noite de quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs restrições de viagens entre EUA e Europa para tentar diminuir a transmissão do vírus, que tem índices crescentes no velho continente. As medidas devem causar fortes perdas a empresas de viagens e outros mercado que dependem das negociações entre as potências. “Este é o esforço mais agressivo e abrangente para enfrentar um vírus estrangeiro na história moderna”, afirmou Trump.
A expectativa é de mais um dia de tensões na bolsa brasileira. O índice futuro do Ibovespa afundava na casa dos 12%. Caso a tendência se repita no pregão, o circuit breaker pode ser acionado novamente. O mecanismo interrompe os negócios por meia hora quando a cotação afunda mais de 10%. Após o retorno, caso caia mais 5%, um novo circuit breaker é acionado por uma hora. Se no total a bolsa cair 20%, os negócios são interrompidos por todo o dia. Caso a medida aconteça, será a terceira vez nesta semana em que os negócios da bolsa são paralisados.
Nas bolsas estrangeiras, o clima também era de caos. Por volta das 9h, as bolsas de Londres, Paris e de Frankfurt caiam mais de 5%. Na ásia, os mercados também tiveram um dia agitado. O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio, terminou em queda de 4,41%, seu pior nível em quase três anos. Em Seul, a desvalorização de 3,87% e, Hong Kong, a bolsa caiu 3,66%. Na Austrália, o tombo foi de 7,36%.
As bolsas chinesas foram as que acumularam menor queda, na casa de 2%, após o país anunciar que o pico da transmissão do coronavírus no país já foi superado.
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