Porta da Esperança: Hospital de Arapiraca inova e permite visitas a pacientes com coronavírus
Pacientes do Hospital de Campanha José Fernandes podem ver seus familiares através de uma porta de vidro

Impedidos de receber visitas devido ao alto grau de contágio do Coronavírus, pacientes do Hospital de Campanha José Fernandes, em Arapiraca, tiveram uma agradável surpresa esta semana: ver seus familiares através de uma porta de vidro. A ideia foi analisada por uma equipe multiprofissional que chegou a um protocolo especial para a sua implantação.
“Muitas são as variáveis para se colocar em prática uma iniciativa dessas. Precisamos zerar riscos e garantir que a proposta será benéfica. Graças a Deus deu tudo muito certo. Estamos confiantes que haverá até melhora nos quadros”, explicou o diretor do hospital, o enfermeiro Diego Albuquerque.
A estreia do projeto aconteceu para três pacientes internados no local. “A melhor sensação possível”, relatou Maiko Luna, filho de Jozineide Gonçalves, uma das pacientes beneficiadas pela iniciativa. Ele aproveitou a oportunidade e fez uma videoconferência, estendendo a visita para parentes que moram em outras cidades.
Para que a visita seja permitida a equipe do Hospital faz uma série de avaliações no paciente, tanto clínica quanto psicológica. “Eles precisam querer e estar bem para fazer o deslocamento até a porta de vidro, que é feito com ajuda de uma cadeira de rodas e diversos profissionais de apoio”, explicou a assistente social, Maria Ribeiro.
Para a psicóloga Manoela Emília, a proposta tem como principal objetivo reduzir a ansiedade, o stress e o nervosismo causados nesse período de internação. “A ausência de parentes traz uma carga emocional negativa para muitos deles, podendo até agravar casos. Quando eles podem se ver, mesmo que à distância, isso provoca uma sensação de tranquilidade. É uma troca de informações e notícias da família muito boa, pois apesar da emoção, os sentimentos ficam mais calmos”, explicou a profissional.
Devido aos cuidados com todos os itens e requisitos de segurança e proteção, o acesso a “Porta da Esperança”, como está sendo chamada, ficará limitado a dois pacientes por dia, sempre às 16 horas. “Sabemos que todos querem a sua vez, mas estamos primando pelo cuidado, para que seja uma experiência segura e motivadora. Estamos lutando para que cada um tenha a sua oportunidade e que todos possam, enfim, voltar para suas casas com saúde”, comentou a assistente social, Wagda Costa, uma das responsáveis pela execução das visitas.
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