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Voluntário garante construção de casa para mãe com esquistossomose, mas precisa de doação de terreno

Com ajuda de rede de solidariedade, ela conseguiu fazer na semana passada exame necessário para continuar tratamento

Por Patrícia Bastos/ 7Segundos 28/08/2020 07h07 - Atualizado em 28/08/2020 07h07
Voluntário garante construção de casa para mãe com esquistossomose, mas precisa de doação de terreno
Após três anos, Adriele faz exame que vai permitir retomada de tratamento para esquistossomose - Foto: cortesia

Após matéria publicada em julho pelo 7Segundos, em que uma mãe de São Sebastião pedia ajuda para alimentar os filhos, uma rede de solidariedade se formou em torno de Adriele dos Santos. A situação da jovem de 22 anos, mãe de três filhos, e que perdeu o movimento das pernas há quatro anos em decorrência de esquistossomose sensibilizou muita gente. Além dos alimentos, tanquinho e móveis doados para ela, surgiram pessoas dispostas também a ajudar no tratamento médico e até mesmo para construir uma casa para ela e a família.

“Hoje estou feliz porque tenho comida para meus filhos, um fogão, um tanquinho para lavar roupa, meus filhos têm cama para dormir e tenho até um guarda-roupa e já fiz o exame que precisava. Quando soube que tem uma pessoa que quer construir uma casa pra mim, foi como se realizasse um sonho. O problema é que eu e nem a minha família tem um chão onde a casa possa ser construída e a gente não tem condições de comprar”, afirmou.

Além da doação de um terreno para construção de sua casa em São Sebastião, ela pede também doação de uma televisão usada, pois a dela queimou e, sem ela, está difícil distrair as crianças.

Adriele dos Santos tem esquistossomose, doença provocada por um parasita e que geralmente surge em pessoas que vivem em locais sem saneamento básico.
A doença é mais conhecida como barriga d’água, quando o parasita provoca o crescimento anormal do abdome, mas no caso da jovem, ele se alojou na coluna, e por conta disso, ela perdeu o movimento das pernas quando tinha 18 anos. Três anos atrás, foi atendida por um médico que disse que provavelmente o parasita ainda continuava vivo dentro do organismo dela, mas que para prosseguir com o tratamento, ela precisava fazer uma ressonância magnética de urgência.

A jovem entrou na fila de espera do município para fazer o exame em 2017, mas só depois da matéria publicada pelo 7Segundos é que o processo andou. Muitas pessoas se dispuseram a ajudar financeiramente para que Adriele fizesse o exame na rede particular, mas ela recusou o dinheiro após a Secretaria de Saúde de São Sebastião garantir a realização do exame pelo SUS. Na semana passada, ela foi submetida à ressonância magnética em um hospital de Arapiraca.

“O pessoal da secretaria disse que eu tenho que procurar o neurologista que solicitou o exame, que atende no HU em Maceió. Só que além da dificuldade de viajar nas minhas condições, sem ter com quem deixar meus filhos, desde a semana estou com uma crise de pedra nos rins e estou com dores fortes, que não passam mesmo com os remédios. Vou conversar com uma mulher de Arapiraca que queria pagar meu exame e com o próprio médico que me atendeu, para ver se conseguem uma consulta para mim em Arapiraca”, ressaltou a dona de casa.

Para ajudar Maria Adriele pode entrar em contato diretamente com ela no telefone 99998-3769 ou ainda no endereço dela, na Rua São Bernardo, 76, centro de São Sebastião.