Após indefinições e reviravoltas jurídicas, as urnas sagraram o retorno de Luciano Barbosa (sem partido) à prefeitura de Arapiraca. Com uma diferença de votos significativa em relação à atual prefeita Fabiana Pessoa, Barbosa chega ao terceiro mandato como prefeito de Arapiraca.

Pouco antes das 22h30, o Tribunal Superior Eleitoral atualizou a apuração das urnas, dando vitória a Luciano Barbosa com 54,56%. Ele obteve um total de 59.249 votos, contra 20.874 votos da prefeita Fabiana Pessoa (Republicanos), que foi a segunda colocada. Em pontos percentuais ela obteve 19,22% dos votos válidos e quase foi alcançada por Tarcizo Freire (PP), que obteve 16.376 votos ou 15,08%.

A quarta colocada na disputa foi Gilvânia Barros (Solidariedade), que obteve 7.021 votos, seguida por Clãudio Canuto (Patriota), com 2.517 votos, Hector Martins (Cidadania), com 2.101 votos e Lindomar Ferreira (PSOL), com 460 votos.

Apesar da vitória de hoje, Luciano Barbosa continua brigando na justiça para ter seu registro de candidatura validado pela Justiça Eleitoral. Ele foi expulso do MDB pelas executivas estadual e federal, que movem ações com o objetivo de anular os efeitos da convenção partidária em que a chapa encabeçada por ele e por Ruth Pereira (PL) foi escolhida para a disputa das eleições. 

Outra ação movida pelo MDB pede a impugnação da candidatura do vice-prefeito com base na lei eleitoral que determina que os candidatos devem estar filiados ao partido político no mínimo seis meses antes da votação. A defesa de Barbosa afirma que a convenção aconteceu dentro da legalidade e que no momento do registro da candidatura, Luciano Barbosa estava devidamente filiado ao MDB.

Com as ações em tramitação, a 55ª Zona Eleitoral e o Tribunal Regional Eleitoral decidiu que o nome de Luciano não poderia constar nas urnas. A decisão chegou a levar à formação de uma força-tarefa de técnicos para reprogramar as urnas de Arapiraca, mas na última quinta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral, por 4 votos a 3, determinou que o nome de Luciano Barbosa poderia constar na urna, mesmo sob júdice.

De acordo com informações, o andamento dos processos possivelmente não causa interferência na diplomação ou posse de Luciano Barbosa, caso não seja decidida antes desses prazos.