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'O motorista era temporário', afirma representante da empresa Localima, responsável pelo ônibus que caiu

O representante afirmou ainda que a responsabilidade do veículo é da JS Turismo; o acidente matou 19 pessoas.

Por G1/MG 07/12/2020 20h08 - Atualizado em 07/12/2020 20h08
'O motorista era temporário', afirma representante da empresa Localima, responsável pelo ônibus que caiu
Presidente afirma que funcionário não era fixo - Foto: Lucas Franco

Flaviano Carvalho, representante da Localima, empresa proprietária do ônibus que caiu de um viaduto na BR-381, em João Monlevade, prestou depoimento à Polícia Civil da cidade, na tarde desta segunda-feira (7).

Flaviano afirmou que o motorista era temporário e que essas contratações passaram a ser feitas por causa da pandemia, já que os veículos ficaram parados a maior parte do ano.

"O motorista prestava serviço temporário. Não sabemos o que aconteceu, mas acreditamos em imprudência do motorista".

O ônibus, que saiu de um povoado na zona rural de Mata Grande (AL) na manhã de quinta-feira (3), e seguia para São Paulo (SP), pertence à empresa, que afirma ter todos os documentos comprovando que o veículo está regular.

Na sexta-feira (4), dia em que o acidente aconteceu, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que a empresa tem autorização para circular, mas o ônibus que se envolveu no acidente, não estava regular.

"A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela Justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros", disse o órgão.

Responsável pela viagem


O representante da Localima afirmou que, apesar de serem donos do veículo, não são os responsáveis pela viagem e que estão prestando toda ajuda às famílias.

"Temos um contrato com a JS Turismo, desde o ano passado. Nós alugamos os veículos para que eles façam as viagens. Estamos em Belo Horizonte desde sábado ajudando na identificação dos corpos. Não nos omitimos".
Segundo ele, o contrato de locação termina no próximo ano e, até lá, a empresa JS tem "o poder e o direito" de fazer essa rota de Alagoas à São Paulo.

"Quem imprime as passagens é a JS e a responsável é ela que, até o momento, se omitiu de prestar qualquer ajuda às famílias".
O G1 tentou contato com a JS Turismo, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.

Depoimento do motorista
O motorista Luiz Viana de Lima, que pulou do ônibus, se apresentou à Polícia Civil de João Monlevade no início da tarde desta segunda-feira (7). Ele está prestando depoimento sobre o acidente que deixou 19 mortos.

Luiz fugiu após o acidente acontecer. A polícia procurava por ele desde a sexta-feira (4). Segundo a corporação, o motorista não era considerado foragido, pois não havia mandado de prisão contra ele.