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Há quase três décadas, seu Vavá oferece simpatia, gentileza e boa comida

Ambiente familiar, preço baixo e tempero inconfundível são o segredo da Buchada do Vavá

Por 7Segundos 31/01/2021 07h07 - Atualizado em 31/01/2021 08h08
Há quase três décadas, seu Vavá oferece simpatia, gentileza e boa comida
Há quase três décadas, seu Vavá oferece simpatia, gentileza e boa comida - Foto: 7Segundos

A comida nordestina é uma das mais saborosas e preferidas de quase todo o povo brasileiro. Com um tempero fortemente acentuado, promove no paladar das pessoas um mistura de sabores que só se encontra na riqueza da culinária nordestina.

A buchada, um dos pratos típicos da nossa culinária regional é saboreado há 27 anos por milhares de famílias de Arapiraca e região em um restaurante simples mas aconchegante : A Buchada do Vavá.

Pra contar essa história de sucesso de quase três décadas o Portal 7Segundos esteve na comunidade Baixa do Capim, na zona rural de Arapiraca, pra conversar com Florisval de Oliveira Brito, 65 anos, o "seu Vavá".


Simpático e muito espirituoso, seu Vavá contou que sempre morou na Baixa do Capim, mas na na década de 90 ele foi para São Paulo tentar um melhor tratamento de saúde para o filho que nasceu com problemas neurológicos.

Em São Paulo, morou em Itapecirica da Serra, e chegou a trabalhar na construção civil com a montagem de alumínio, padeiro e como vendedor de frutas em feiras livres. Durante o período de três anos, ele voltou a Arapiraca, trabalhou na agricultura e depois retornou para São Paulo.

"Quando eu fui pra São Paulo deixei meu cunhado na minha casa onde ele tinha uma pequena bodega. Então ele me ligou e disse venha embora que o negócio aqui não deu certo", contou seu Vavá.


Ele disse que um dia acordou e antes de deixar de Itapecirica da Serra, no interior paulista onde morava, pensou : vou vender buchada em Arapiraca. "Eu nunca procurei comer buchada em São Paulo e nunca pensei em vender esse tipo de comida. Eu acredito que foi a voz de um anjo que soprou no meu ouvido", falou com fé.

Em 93 retorna seu Vavá para a casa simples na zona rural de Arapiraca e começa a falar para os amigos que estava preparando buchada para vender. " Comecei vendendo uma buchada, depois encomendaram outra, e mais outra e lá se vão 27 anos nesse ramo de atividade.

O restaurante simples da zona rural é disputado por um clientela fiel que cresce a cada dia. Para atender toda a clientela conquista com muita simpatia, alegria e um tempero inigualável, seu Vavá conta com um verdeiro "exército" de trabalhadores entre cozinheiras, garçons, ajudantes, serviçais.


"São quase vinte pessoas que trabalham desde o preparo da buchada, dos caldinhos, e de todos os outros pratos disponíveis no cardápio do restaurante", afirmou o empreendedor.

Seu Vavá conta que apesar de ter profissionais que preparam toda a comida, ele sempre gosta de provar o tempero da buchada e dá o seu palpite. Mas um dos sucessos do prato ser tão procurado pelos moradores da região, e a permanência dos funcionários que trabalham com ele há muitos anos. " Uma das cozinheiras está comigo desde que eu começei há 27 anos, e o modo de preparar o alimento vai sendo passado para quem chega depois", revelou.

Além de uma comida deliciosa, o restaurnte Buchada do Vavá local fica localzado na parte alta da comunidade e tem uma paisagem para um horizonte montanhoso onde há uma pedreira, e se avista parte dos municipios de Limoeiro de Anadia, Taquarana e Coité do Noia.


"Quando eu venho aqui gosto de ficar olhando essa paisagem natural enquanto aguardo a buchada. A gente enche a alma de uma traquilidade e paz, e depois, enche a barriga com a melhor buchada de Alagoas", afirmou um cliente.

A junção de simplicidade, comida deliciosa, ambiente rural e um preçinho que está bem longe daqueles cobrados em restaurantes da cidade, fazem desse empreendimento um negócio de sucesso. Além disso, a simpatia e espirituosidade do seu Vavá, é um adiocional a parte para quem tem um dedo de prosa com o dono do restaurante.

" Quando as pessos perguntam quando eu vou para de fazer buchada, eu digo que é ao completar meus 70 anos. Mas sei que isso não vai acontecer porque eu gosto de receber as famílias, de conversar com as pessoas, de ser alegrre e brincar com elas. Isso aqui é minha vida", finalizou.