Desigualdade no acesso às vacinas contra Covid-19 está pior, diz OMS
Um dos fatores que tem dificultado o acesso às vacinas é a logística de propriedade intelectual

As desigualdades no acesso dos países às vacinas contra a Covid-19 ficam "mais grotescas" a cada dia, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segura-feira, 22.
Em uma análise da situação da pandemia e da distribuição dos imunizantes no mercado, Tedros Adhanom afirmou ser "chocante" que os países com mais recursos estejam fazendo "tão pouco" para reverter a situação, sem citar nenhum específico.
"Há países que preferem vacinar os jovens que não estão em nenhuma categoria de risco à custa de outros países poderem vacinar os seus trabalhadores da área da saúde e pessoas mais velhas. Isso pode dar segurança no curto prazo, mas é uma falsa sensação de segurança", disse.
O diretor-geral ressaltou que, enquanto a transmissão do coronavírus continuar em diferentes partes do mundo, novas variantes que possivelmente poderão driblar as vacinas irão surgir.
Israel foi o país que mais vacinou, com quase toda a sua população elegível a receber a primeira dose da vacina e mais da metade a receber ambas. Completam a lista de países que imunizaram a maior parte de suas populações Emirados Árabes, Reino Unido, Chile e Estados Unidos.
Um dos fatores que tem dificultado o acesso às vacinas é a logística de propriedade intelectual, na qual as farmacêuticas optam por não compartilhar suas patentes dos respectivos imunizantes. Durante a coletiva, o diretor-geral elogiou a AstraZeneca por compartilhar a sua fórmula, permitindo o licenciamento de suas tecnologias para produtores menores.
Uma maneira de diminuir essa desigualdade é através do consórcio internacional Covax Facility, criado pela própria OMS, que busca fornecer vacinas a quase 200 países espalhados pelo globo. A Coreia do Sul, país com recursos econômicos suficientes para negociar direto com as empresas, optou por aderir ao consórcio para uma distribuição equitativa dos imunizantes. O Brasil, que também faz parte, recebeu no último domingo, 22, as primeiras 1 milhão de doses da iniciativa.
O mundo se aproxima de 450 milhões de doses das vacinas aplicadas até o momento. Dentre elas, apenas 30 milhões foram distribuídas pela Covax, que alegou não ter recebido fornecimentos suficientes.
Veja também
Últimas notícias

Trabalhador fica ferido após desabamento de muro no bairro da Pajuçara

Mulher fica com medo após vizinho invadir residência e agredi-la em São Luís do Quitunde

Prefeitura de Lagoa da Canoa reúne produtores rurais para apresentar programa fundiário do Governo Federal

Colisão carro e moto deixa uma pessoa morta na AL-485, em Feira Grande

Fluxo de passageiros internacionais cresce cerca de 70% no primeiro semestre de 2025

Nova convocação da Educação reforça rede municipal com mais 119 aprovados no PSS
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
