Cresce cada dia mais o número de animais abandonados nas ruas de Arapiraca. As razões, segundos os tratadores de cães e gatos, são inúmeras. Desde a dificuldade financeira até mesmo o preconceito de ter um animal de cor preta ou com algum tipo de deficiência.

Sem atingir a meta de 80 quilos de ração por mês e com dificuldades em adotar cães e gatos de cor, o Lar do Jonas e Cia está fazendo um apelo para receber ajuda das pessoas.

Os cuidadores de animais Joanna Darc da Silva e Anderson Cleiton de Oliveira, apaixonados por quatro patas, casaram-se e resolveram adotar e criar o Lar do Jonas e Cia em 2015. Desde então, com a adoção do primeiro gato batizado por eles de Jonas, órfão da mãe e o único sobrevivente da ninhada, deu origem ao nome da casa de abrigo de animais. no bairro Capiatã, em Arapiraca.

“Adotamos ele e nunca mais paramos. Hoje temos 48 gatos e cinco cachorros e precisamos da ajuda de quem ama animais para comprarmos ração e doar os que precisam de um lar, mas dentro da doação responsável”, frisou Joana Darc.

Segundo a cuidadora de anis, a adoção responsável é aquela em que a pessoa quer adotar um animal e se compromete a cuidar bem do cão ou do gato adotado e sem nenhum tipo de preconceito com relação ao animal.

Atualmente, Joana Darc e Anderson Cleiton estão separados no relacionamento amoroso, mas permanecem juntos no relacionamento de cuidados com os animais. Eles se revezam para cuidar dos bichinhos e mantê-los saudáveis, mesmo com todas as dificuldades financeiras para conseguir comida e material de higiene para os animais.

“Transformamos a nossa casa no Lar do Jonas e Cia, resgatando os animais abandonados na rua e cuidamos deles, castrando-os e recuperando-os de problemas de saúde”, afirmou Joanna Darc, que trabalha com serviços gerais em um hospital da cidade.

Redes sociais e preconceito

Com a criação do Instagram @adotelardojonasecia (Adote Lar do Jonas e Cia) com 19 publicações e 126 seguidores, Joanna Darc disse que o projeto Lar do Jonas e Cia ganhou mais visibilidade com as redes sociais, porém as dificuldades em manter os animais permanecem as mesmas, principalmente com relação à adoção.

Para ela, o fator mais impactante é com relação ao preconceito da cor do pelo do animal, uma vez que as pessoas demonstram esse empecilho no momento de o animal ser adotado. Joanna Darc conta que ninguém quer adotar um cão ou um gato preto por preconceito à cor do animal. E no caso dos gatos, ela afirma que é devido à superstição de que o gato preto trará azar a quem adotar um animal desta cor.

“O preconceito é visível e as pessoas só querem adotar o animal se ele for branco, de olhos azuis, ou de outra cor que não seja preto”, relatou ela. Para Joanna Darc os preconceitos humanos sobre os animais dificultam a rotatividade dos bichinhos no abrigo e eles ficam sem um lar para ir morar definitivamente.

“Além da adoção, a pessoa pode também apadrinhar o animal e ficar responsável em ajudar na manutenção dele no que for preciso para mantê-lo se alimentando e saudável”, destacou a cuidadora de animais.

Ela também faz campanha para evitar a violência humana sobre os animais com o tema: “Diga não à violência animal”.

Abandonados na porta do lar

Joanna Darc disse ainda que muitas pessoas abandonam seus animais nas portas dos abrigos de animais por saberem que eles serão cuidados. Mas, para ela essa situação dificulta ainda mais na criação de cães e gatos.

“Chegamos a instalar uma câmara para ver a pessoa, mas mesmo assim elas não se intimidaram e permaneceram colocando os animais na porta da nossa casa. Como temos um amor por ele, acabamos abrigando mais um animal e as dificuldades vão aumentando”, destacou.

Por conta disso, ela não divulga o endereço do Lar do Jonas nas redes sociais e disponibiliza o Pix para quem quiser ajudar e transferir dinheiro para comprar as rações para os animais. Caso você queira ajudar com o Lar do Jonas e Cia, o Pix está no serviço, no final da matéria.

Serviço:
Lar do Jonas e Cia
Instagram: @adotelardojonasecia
Pix: 039.251.664.08
Contato: (82) 9.9959-6193 - Joanna Darc