HE do Agreste vai promover ciclo de palestras sobre violência contra a mulher
Palestras irão focar sobre a violência contra a mulher e como denunciar os agressores
O Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), através do projeto Preparando a Volta para Casa, realiza uma programação especial sobre o Agosto Lilás, em referência ao combate à Violência Contra a Mulher.A coordenadora do projeto, psicóloga Mônica Leal, ressalta também que a programação prevê palestra também sobre violência infantil. A experiência de 30 anos da psicóloga relaciona os dois assuntos.
Pelos registros do HEA, em 2019, antes da pandemia do novo coronavírus, 321 pessoas foram atendidas por causa da violência. A maioria, 214, foram mulheres (67%).
Em 2020, com pessoas perdendo emprego, isolamento social, a violência terminou com 421 pessoas dando entrada no Hospital de Emergência do Agreste. Desse total, 286 vítimas eram mulheres (68%).
Até julho de 2021, 269 chegaram ao HE do Agreste por violência. Dessas, 180 são mulheres (67%).
A média mensal, segundo o Serviço de Epidemiologia do HEA, é:
2019 : 321 casos – média mensal – 27
2020 : 421 casos – média mensal – 35
2021(até julho): 269 casos – média mensal: 38
“Se seguir nesta situação, lamentavelmente o número final de 2021 vai superar índices anteriores. Devemos ficar atentos e trabalhar esta conscientização para as mulheres saírem de relacionamentos abusivos e evitarem situações até piores”, ressaltou Mônica Leal.
Programação – A programação começa às 13h da próxima segunda-feira (9/8), nas enfermarias do setor de Trauma do HEA, com a psicóloga Francielle Santos Dias, do Juizado Especial Criminal da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em Arapiraca. Logo em seguida, será a palestra do defensor público, Marcos Antônio da Silva Freire.
No dia 23/8, também uma segunda-feira, participam da ação a promotora de Justiça, Viviane Karla da Silva Farias, que atua na Promotoria da Infância e Juventude, e a psicóloga Sara Regina Cardozo Barbosa, da 1ª Vara da Infância, Juventude e Família de Arapiraca.
Crianças – A experiência de 30 anos de Mônica Leal, no atendimento psicológico de pessoas, é comprovada pelos números do Serviço de Epidemiologia. Nos anos de 2019 a 2021, os jovens de 10 a 19 anos, corresponderam a 38% do total de atendimentos de violência. Se colocar a lupa na estatística e observar de 0 a 19 anos, são 48% do total de notificações de violência.
“Como se trata de violência doméstica, vamos falar sobre violência contra mulher e contra as crianças também. Converso com as famílias aqui quando chegam casos de queda de criança e algumas vezes percebo que não são quedas. A criança, vítima da suposta queda, fica agoniada, incomodada, nos braços da mãe, mas relaxa no colo da avó, por exemplo. É um indício de que há algo errado na relação. Ou o pai agrediu e a mãe fica tentando encobrir ou foi a própria mãe. É necessário sempre estar atenta para tomar as providências”, disse Mônica.
Brasil – Mônica Leal, coordenadora do Projeto Preparando a Volta para Casa, chama a atenção para os números negativos do Brasil em relação ao feminicídio. “O Brasil é o quarto colocado no mundo em relação ao feminicídio e o primeiro na América Latina. Precisamos sempre falar sobre este assunto para encorajar as mulheres a denunciar e procurar ajuda, para sair da rotina de violência, e mostrar aos homens que é crime e que as mulheres devem ser respeitadas”, disse
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