O aumento da tensão entre Jair Bolsonaro e ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral e as investigações da CPI intensificam a pressão sobre a Polícia Federal, levada agora para o olho do furacão.

Nesta quarta-feira (4), o presidente se valeu de um inquérito da PF para sustentar tese infundada de fraudes nas urnas. De outro lado, o Judiciário coloca a corporação no encalço de Bolsonaro e de seus apoiadores radicais por divulgação de mentiras.

A entrevista de Bolsonaro em que apresentou o inquérito conduzido pela PF como prova da fragilidade do sistema de votação sem impressão do voto começou pouco tempo após Alexandre de Moraes formalizar a inclusão do presidente como investigado no inquérito das fake news.

Moraes ainda ordenou que a delegada do caso tome o depoimento do ministro da Justiça, que participou da live da última quinta-feira (29) e mostrou laudos dos peritos da PF com sugestão de impressão do voto e apontamentos de falhas.

Além da apuração das fake news, a PF ainda conduz dois casos que estão no STF e têm o presidente e familiares na mira: a investigação de suposta organização criminosa derivada do inquérito dos atos antidemocráticos e a denúncia de Sergio Moro de possível interferência de Bolsonaro na polícia.

No Congresso, a PF também é alvo na CPI da Covid. Senadores ficaram irritados com a decisão da direção do órgão de abrir um inquérito para apurar vazamentos de apurações que recentemente foram compartilhadas com a comissão.