Meio ambiente

Audiência virtual discute exploração de petróleo por multinacional na região da Foz do Rio São Francisco

ExxonMobil tenta obter licenciamento para fazer perfurações de petróleo que podem impactar ambiente e familias ribeirinhas

Por 7Segundos 14/09/2021 17h05 - Atualizado em 14/09/2021 18h06
Audiência virtual discute exploração de petróleo por multinacional na região da Foz do Rio São Francisco
Audiência discute extração de petróleo em área que pode impactar foz do São Francisco - Foto: ExxonMobil

Apesar da recomendação contrária do Ministério Público Federal, a partir das 18h desta terça acontece a audiência pública virtual para o processo de licenciamento das atividades exploratórias da ExxonMobil na zona costeira da foz do rio São Francisco.

A petrolífera chegou a Alagoas de forma silenciosa e está tentando junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), permissão para fazer perfurações de petróleo em seis blocos. Eles estão localizado em alto mar, a uma distância de 50 quilômetros da costa, mas ainda assim podem trazer sérios impactos na zona costeira, principalmente na região do Baixo São Francisco, de acordo com a Sociedade Canoa de Tolda.

O relatório de impacto ambiental da ExxonMobil contém falhas técnicas, de acordo com a entidade, que levou o caso à Justiça e pediu a revisão dos parâmetros de mensuração dos riscos em potencial para a população ribeirinha e a biodiversidade no Baixo São Francisco.

Como parte do processo de licenciamento, a multinacional convocou audiência pública virtual, que foi rejeitada pelo Ministério Público Federal, através das regionais de Sergipe e Alagoas, que tentaram por meios judiciais suspender o evento virtual. O argumento é que a realização da audiência, por meio virtual, dificulta o acesso à discussão por parte da maioria das populações ribeirinhas que podem sofrer com o impacto do empreendimento, como os moradores dos municípios de Piaçabuçu, em Alagoas; e Brejo Grande e Pacatuba, em Sergipe.

Veja como participar da audiência pública na imagem abaixo: