Justiça

[Vídeo] Mulher que foi enganada por ex-companheiro luta para retomar guarda da filha de 2 anos

Erivania faz apelo após quase quatro meses longe da filha

Por 7Segundos 26/09/2021 18h06
[Vídeo] Mulher que foi enganada por ex-companheiro luta para retomar guarda da filha de 2 anos
Mãe fez apelo nas redes sociais - Foto: reprodução

Após quase quatro meses longe da filha de 2 anos, Erivania Almeida de Araújo, moradora do conjunto Jardim das Paineiras em Arapiraca, não sabe mais a quem apelar.

"Eu só choro. Dia e noite, não consigo fazer mais nada. Tenho mais dois meninos e estou grávida de 7 meses, mas hoje tudo que eu quero é minha filha perto de mim", afirma Erivania, que usou as redes sociais para denunciar o caso.



Ela conta que, no mês de maio, a tia - irmã do pai da criança - pediu para levar a sobrinha para passar o final de semana com ela e não a devolveu. Desde então, ela só conseguiu ver a filha duas vezes, apenas rapidamente, e não conseguiu trazê-la de volta para casa.

"O pai nunca quis saber da filha, até pediu para eu abortar quando contei que estava grávida. Mas a irmã dele não pode ter filhos e quer a minha filha para ela. Quando ela pediu para levar minha menina para passar o fim de semana, eu não esperava que ela fosse fazer isso", contou.

Após ser enganada, Erivania descobriu que havia sido denunciada ao Conselho Tutelar por agressão e maus tratos à criança. Ela conta que a denúncia não passou de uma armação, mas mesmo assim, eles conseguiram a guarda provisória da criança.

"Estou perto do final da gravidez e tenho medo que esse desespero faça mal para mim e para o bebê que estou esperando. Além de tomar minha filha, disseram que eu batia e maltratava ela. Tudo mentira. Ter uma filha é a realização de um sonho pra mim", declarou.

Os processos de guarda da criança e da denúncia de maus tratos estão em andamento na Vara da Infância e da Adolescência de Arapiraca e correm em segredo de justiça, como acontece nas ações que envolvem crianças.

Erivania está sendo assistida pela Defensoria Pública e a defensora Fabiana Kelly de Medeiros explicou que, em decorrência do segredo de Justiça, não pode passar informações acerca do processo.

"A Defensoria Pública vem acompanhando dona Erivania nas audiências e nos atos que se fazem necessários. Até o presente momento, estamos aguardando decisão judicial acerca dos dois processos referidos. A Defensoria está à disposição de toda a população e também da dona Erivania, para assegurar a ela e a todos a aplicação dos seus direitos", declarou.