'Ouro flutuante': Por que 'vômito' de baleias cachalote vale tanto?
Trata-se de um item de luxo, que já foi usado ao longo da história como medicamento e afrodisíaco

Um pescador da Tailândia encontrou esta semana um pedaço do chamado "vômito de baleia" com cerca de 30 kg, que pode valer até R$ 7 milhões. Mas, afinal, por que o item é tão valioso?
O âmbar gris, ou âmbar cinzento, encontrado no intestino das baleias, é um material gorduroso considerado uma matéria-prima rara e muito valiosa no mundo da perfumaria. Trata-se de um item de luxo, que já foi usado ao longo da história como medicamento e afrodisíaco.
Quando fresco, tem um cheiro muito similar ao de fezes, mas com a exposição ao ar e à luz ganha um odor peculiar doce e terroso, com algumas semelhanças ao do álcool isopropílico.
Essa substância forma-se no intestino do cachalote, a única espécie que produz o material em quantidade relevante. Ela é formada na vesícula biliar desses cetáceos e é capaz de envolver matérias indigeríveis, como as peças bucais de lulas e polvos e outros materiais duros ou cortantes, que poderiam ficar alojadas no intestino.
O âmbar gris também era conhecido como "ouro flutuante" desde povos da antiguidade que habitavam as zonas costeiras, mas ignoravam a sua origem. Era considerado um produto misterioso e, por isso, acreditava-se que ele tinha propriedades curativas, afrodisíacas e até mesmo mágicas.
Os povos antigos utilizavam a substância em cerimônias, quando queimavam os pedaços encontrados em oferenda aos deuses que regiam os mares. Os chineses acreditavam que eles eram produzidos por dragões que viviam em cavernas em ilhas no alto-mar.
Em tempos recentes, o item passou a ser utilizado como especiaria e também como um potente fixador pela perfumaria industrial. Um dos perfumes que utiliza o âmbar cinzento em sua composição é o francês Chanel Nº 5.
Atualmente, o âmbar gris de alta qualidade é vendido por até US$ 25 a cada grama (o equivalente a R$ 140).
Proibido desde 1972 nos Estados Unidos, o âmbar verdadeiro segue sendo substituído por substâncias sintéticas, produzidas em laboratório, como cedramber, spirambrene e okoumal. Entretanto, eles não chegam a mimetizar todas as notas encontradas no âmbar natural.
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