Polícia

Amigos e familiares de Jonas Seixas realizam ato para relembrar um ano do desaparecimento do servente

Cinco policiais chegaram a ser presos por suposto envolvimento no desaparecimento

Por 7Segundos 09/10/2021 13h01 - Atualizado em 09/10/2021 13h01
Amigos e familiares de Jonas Seixas realizam ato para relembrar um ano do desaparecimento do servente
O desaparecimento de Jonas completa um ano neste sábado (9) - Foto: Cortesia

Familiares e amigos do servente de pedreiro Jonas Seixas realizaram uma manifestação na manhã deste sábado (8), para relembrar o desaparecimento dele, que completa um ano.

Jonas sumiu após abordagem policial na Grota do Cigano, no bairro do Jacintinho, em Maceió. Segundo as investigações, ele deveria ter sido levado para a Central de Flagrantes, no Farol, mas nunca chegou ao destino e nem voltou para casa.

Cinco policiais chegaram a ser presos por suposto envolvimento no desaparecimento de Jonas, foram indiciados pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio e ocultação de cadáver. Mas, até o momento, o corpo nunca foi encontrado.

Nas ruas do centro de Maceió, a família clamou por Justiça. Ontem o Portal 7Segundos conversou com a mãe de Jonas, Claudineide Seixas, que não acredita que encontrará o filho vivo.

"Tudo o que queria saber é onde ele está. Porque não é fácil, às vezes tenho a impressão de o ouvir chegando em casa, de escutar ele me chamando. Eu sei que nessa altura do campeonato ele não está mais vivo. Mas, como não vimos o corpo, não temos certeza de nada. A única coisa certa é que ele não está mais com a gente", lamentou.

As últimas informações sobre a investigação do caso diziam que foi instaurado um inquérito civil para averiguar se os policiais indiciados pelo crime também teriam cometido improbidade administrativa.

Os suspeitos indiciados foram o 3º sargento Fabiano Pituba Pereira, o cabo Tiago de Asevedo Lima e os soldados Filipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa e João Victor Carminha Martins de Almeida. Essas notícias foram de maio de 2021, cinco meses atrás. Vale lembrar que o indiciamento ocorreu dois meses antes, em março.

"Às vezes, me dá vontade de ir no responsável pelo caso para saber se me diz alguma coisa. Estou há um ano aguardando resposta. Isso não é fácil. Acho que a investigação teria que 'cair em cima' dos policiais, para que eles digam onde está meu filho. A Justiça daqui é muito lenta", afirmou.

Ao final da entrevista, Claudineide agradeceu ao portal 7Segundos e a todos os demais veículos de imprensa pelo apoio neste momento difícil e pela cobertura feita sobre o caso.

"Também gostaria de mostrar minha gratidão, especialmente, à minha amiga Maria Helena, que acolheu minha nora e meus netos na casa dela quando o Jonas desapareceu", finalizou.