Responsabilidade sobre indígenas venezuelanos deve ser compartilhada, segundo secretária de Assistência
Atualmente, 43 indígenas venezuelanos estão morando em Arapiraca
A presença dos venezuelanos em Arapiraca continua sendo uma preocupação para autoridades. Durante entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (22) a uma rádio local, a secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Fabrícia Galindo, explicou que a Prefeitura de Arapiraca tem realizado todo o possível para acolher os refugiados, mas que a responsabilidade sobre eles deve ser compartilhada entre os três entes da federação.
"É interessante esclarecer que a vinda dos venezuelanos para Arapiraca é consequência de uma das crise humanitária que vem atingindo a Venezuela desde 2016. Desde então, o Brasil tem recebido, segundo registros nacionais, cerca de 30 mil refugiados", disse a secretaria.
"Um grupo de 60 venezuelanos chegou a Alagoas em meados de abril e se instalaram, inicialmente, em Maceió, onde foram cadastrados e acolhidos pela capital alagoana. Mas, desde setembro, Arapiraca também tem sido moradia de parte desse grupo", continuou Galindo.
Atualmente, 43 indígenas venezuelanos estão em Arapiraca e, segundo a secretária, o acolhimento aos imigrantes está sendo feito, mas os esforços precisaram ser redobrados devido à capacidade máxima dos serviços do município.
"Assim que os refugiados chegaram a Arapiraca, as equipes multiprofissionais de Abordagem Social realizaram o acolhimento, cadastraram as famílias e deram início ao enfrentamento a uma nova realidade, tendo em vista que o Centro Pop, que é responsável pelo atendimento a população em situação de rua, tem uma capacitada máxima limitada e acabou ficando sobrecarregado com a chegada dos indígenas venezuelanos", explicou.
O assistente social Daniel Henrique, que também participou da entrevista, destacou que Arapiraca faz parte de um comitê estadual que tem se reunido constantemente para tratar do acolhimento humanitário desses refugiados, tendo em vista que existem legislações nacionais e internacionais que protegem e garantem direitos a essas pessoas.
O profissional também citou o guia publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, que distribui as atribuições dos entes da federação, reforçando que a responsabilidade sobre os venezuelanos precisa ser compartilhada entre Município, Estado e Governo Federal, através de cofinanciamento dos serviços.