Chuvas na Bacia do São Francisco devem diminuir nas próximas duas semanas, mas vazão de Xingó deverá se manter em 4mil m³/s
Decisão foi tomada pelo ONS e Chesf em reunião na Sala de Crise da Cheia na Bacia do Rio São Francisco

As defluências médias diárias dos reservatórios de Sobradinho e Xingó deverão permanecer no valor de 4.000 m3/s nas próximas semanas. A decisão foi tomada com base nas análises climatológicas feitas para a região da Bacia do São Francisco que indicam uma redução das chuvas na Bacia nas primeiras semanas de fevereiro, segundo avaliação realizada durante a primeira reunião da Sala de Crise da Cheia na Bacia do Rio São Francisco, realizada na terça-feira (25) na sede da ANA (Agência Nacional Águas e Saneamento) entre o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco).
O professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Emerson Soares, responsável pela coordenação de quatro expedições científicas pelo Rio São Francisco, entre 2018 e 2021, avaliou os dados analisados durante a reunião e explicou que segundo a meteorologia, o fenômeno La Niña no oceano Pacifico, vem enfraquecendo e a onda de calor produzida no Oceano Atlântico começa a perder um pouco de força, se deslocando para mais acima da Linha do Equador, o que tende a diminuir as chuvas na região da Bacia.
“Com isso as chuvas para as próximas duas semanas serão maiores na cabeceira (região onde o nasce o rio) do São Francisco, podendo chegar a um nível acima da média, mas no resto da bacia vai ser normal e até um pouquinho abaixo da média. Nas últimas duas semanas de fevereiro, os modelos indicam chuvas na média e até um pouco abaixo da média histórica”, explicou o professor Emerson Soares.
O nível dos reservatórios atualmente está assim:
Retiro- 73%; Três Marias- 93%; Queimado- 70%; Sobradinho- 67%; Itaparica- 45%
Segundo o professor Emerson Soares, a informação repassada é que Três Marias manterá as vazões em 3.000m3/s até dia 01 de fevereiro e começará a reduzir as vazões defluentes para voltar a encher seu reservatório atingindo um volume de espera de 90% no final de fevereiro. Quanto a Xingó, o cenário aponta que a tendência é que a vazão se manterá nos 4.000 m3/s pelo menos até o dia 01 de fevereiro, concluiu.
Informações fornecidas pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo federal, mostram que a parte azul mais escura do mapa indicam um volume maior de chuva na região da cabeceira do rio, na parte oeste dos Estados de Minas Gerais e da Bahia. Na região da Bacia do São Francisco, o mapa em azul claro e verde indicam redução dos índices pluviométricos na região.

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