Réus pelo assassinato do jovem Hudson Melanias vão a júri popular nesta terça-feira (8)
O crime ganhou repercussão no Agreste principalmente porque Hudson era filho do então secretário de Educação, Jâneo Melanias
O julgamento dos réus do caso Hudson Melanias, jovem assassinado em dezembro de 2019, está previsto para acontecer nesta terça-feira (8), no Fórum de São Sebastião, cidade onde o corpo foi encontrado.
Jackson de Souza Lima e Ednaldo Santos Silva, réus confessos, serão submetidos a júri popular.
O Tribunal do Júri estava marcado para o dia 19 de novembro de 2021, mas precisou ser adiado por causa da eleição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL).
A família de Hudson cobra Justiça e pede para que o caso não seja esquecido.
"Não podemos deixar que esses criminosos saiam impunes e façam com outras pessoas o mesmo que fizeram com o meu filho", disse o pai de Hudson, o ex-secretário de Educação e Esporte da Prefeitura de Arapiraca, professor Jâneo Melanias.
RELEMBRE O CASO
O corpo do jovem Hugo Melanias foi encontrado por populares na noite do dia 29 de dezembro, em uma plantação de mandioca no povoado Sapê, localizado na zona rural de São Sebastião, mas só no dia 2 de janeiro de 2020 ele foi identificado por familiares no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca.
A vítima era filho do então secretário de Educação e Esporte de Arapiraca, professor Jânio Melanias.De acordo com familiares de Hudson, o jovem tinha o costume de sair de casa e ficar alguns dias longe e, por isso, não estranharam sua falta durante as festividades de final de ano.
Após não conseguirem contato com ele, começaram a ficar bastante preocupados. Ao saberem que um corpo havia sido encontrado em São Sebastião, a família se dirigiu ao IML e, infelizmente, se tratava do jovem, que tinha 25 anos na época em que o crime aconteceu.
MOTIVAÇÃO
Após a prisão, os réus Jackson e Edinaldo, mais conhecido como Seninha, disseram, em depoimento, que o crime foi cometido após desentendimento entre eles e a vítima durante uma bebedeira.
Segundo o delegado Guilherme Iusten, os réus disseram que fingiram que a desavença havia sido resolvida e, viajaram com destino ao litoral, mas, ao passar por São Sebastião, levaram Hudson até um canavial e o assassinaram.
Em entrevista concedida à imprensa em janeiro de 2020, o delegado responsável pelo caso, Guilherme Iusten, informou que os criminosos já chegaram à delegacia confessando o crime.
"Havia prova cabal, então eles já chegaram confessando o crime com tranquilidade. Hudson foi encontrado com as mesmas vestimentas que utilizava enquanto estava bebendo com eles. Por causa de algumas palavras que foram proferidas pela vítima, decidiram ceifar a vida do mesmo", disse o delegado à época.
O corpo de Hudson foi encontrado em 29 de dezembro, no povoado Sapé, na zona rural de São Sebastião.