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‘Trafigata’ chora ao ser presa novamente depois de decisão da Justiça

O motivo teria sido o descumprimento de ordem judicial

Por Banda B 11/02/2022 10h10 - Atualizado em 11/02/2022 10h10
‘Trafigata’ chora ao ser presa novamente depois de decisão da Justiça
Camila de Andrade Pires Marodim - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, mandou prender novamente Camila de Andrade Pires Marodim, conhecida como ‘trafigata’. O mandado de prisão foi cumprido no início da tarde desta quinta-feira (10). O motivo teria sido o descumprimento de ordem judicial.

“Nós recebemos hoje pela manhã a expedição desse mandado. Nós tínhamos uma possível localização antiga dela aqui em Piraquara e fomos verificar se ela estava no local. Ela estava em frente a residência e conseguimos efetuar a abordagem”, disse o capitão Antônio, do 29º Batalhão de Polícia Militar, à Banda.

Conforme o capitão Antônio, do 29º Batalhão de Polícia Militar, Camila Marodin não reagiu à prisão, mas chorou bastante.

“Ela não teve postura agressiva contra a equipe, só reagiu com choro e grito, em razão de não entender o porque do mandado de prisão. Não é surpresa, se envolveu no mundo crime é isso mesmo”, contou à Banda B.

A ‘trafigata’ estava em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica, desde o fim de dezembro, quando a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná concedeu um habeas corpus, mais de um mês após ter sido detida na Operação Ostentação.

“O que temos informação é que ela descumpria as regras da tornozeleira eletrônica. Ela não informava os locais onde estava, os deslocamentos. Mas não tenho com precisão esses dados”, relatou o capitão Antônio.

Defesa

Em nota, o advogado Cláudio Dalledone, que representa Camila Marodin, disse que as violações do monitoramento da tornozeleira, que motivaram o pedido de prisão, se devem pela busca frenética dela se manter viva. Leia na íntegra:

“As violações do monitoramento da tornozeleira de Camila Marodin, que ensejou o pedido de prisão, se devem pela busca frenética dela se manter viva. O atentado sofrido por Camila Marodin, que é objeto de investigação das forças policiais do Paraná, foi uma das situações de ameaça de morte que ela enfrentou. A defesa de Camila Marodin confia no trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil do Paraná para identificar e prender os autores e possíveis mandantes da tentativa de homicídio contra ela”.

‘Trafigata’ e amigo sofrem atentado em Curitiba

No último dia 31 de janeiro, a ‘trafigata’ e um amigo sofreram um atentado a tiros no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba. Um vídeo registrado por câmeras de monitoramento flagrou o momento.

Prisão da ‘trafigata’ durante operação


Camila Marodin foi presa no dia 12 de novembro, na praça do pedágio entre Curitiba e Matinhos, município do Litoral do Paraná, quando retornava para a capital. A ação fez parte da Operação Ostentação, deflagrada pelo Sub-Comando Geral da Polícia Militar.

Na ocasião, foram cumpridos outros 15 mandados de prisão, entre outros crimes, por organização criminosa e tráfico de drogas.

Solta um mês depois

No pedido de liberdade acolhido pela juíza Ângela Regina Ramina de Lucca, a defesa da ‘trafigata’ alegou que Camila “é viúva e mãe de três crianças menores de 12 anos, mais precisamente de 7, 4 e 1 ano, de modo que é mister a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar”, conforme consta na decisão.

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O pedido de liminar da defesa da investigada pontuou, ainda, que “o delito imputado à paciente não foi perpetrado mediante violência ou grave ameaça à pessoa e que a paciente é primária, sendo a única responsável pelos três filhos em virtude do falecimento do genitor deles.”

‘Trafigata’ tinha medo de ser próxima vítima depois do marido

O marido de Camila e pai dos filhos dela, Ricardo Luis Hortz Marodin, de 32 anos, foi assassinado cinco dias antes da primeira prisão da mulher.

Ele foi executado a tiros em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, depois de ser atraído para fora do salão de festas onde participava de uma comemoração em família, no bairro Pineville.

“Camila corre risco de vida uma vez que seu marido foi executado durante a festa de comemoração do aniversário de um dos filhos”, afirmou o advogado Cláudio Dalledone, na ocasião.

A motivação do crime seria a briga pelo comando do tráfico de drogas. Ricardo era investigado pela PM por supostamente atuar como um dos líderes da quadrilha, junto com a esposa.