Após bilhete, policiais militares entregam materiais escolares para José Roberto e irmãs em Craíbas
Pedido singelo por caderno e caneta comoveu PMs

Três dias após deixar um bilhete pedindo ajuda para comprar um caderno e uma caneta em uma viatura da Polícia Militar em Craíbas, o estudante José Roberto Pereira da Silva, 13, recbeu dos policiais militares que atuam no Cisp do município todo o material escolar que vai precisar para o ano letivo que vai começar na próxima segunda-feira (21).
A história de José Roberto, resumida na cartinha, comoveu os policiais militares, que após um primeiro encontro com o garoto, resolveram comprar materiais também para as duas irmãs dele. Mochilas escolares, garrafinhas para água, além de cadernos, canetas e lápis de cor, o adolescente ganhou até um par de tênis.
"A minha mãe estava sem condição [de comprar o material escolar] e como eu pensei que eles tinham mais condições que a minha mãe, resolvi levar a cartinha e eles me ajudaram. Obrigado a todos", agradece José Roberto.
A mãe do estudante, Silvana Martins Pereira, 35, também agradeceu aos policiais militares, e relatou que só teve condições de cadernos para suas duas outras filhas. Ela conta que também incentivou o adolescente a escrever o bilhete.
"Conversando com ele sobre como eu iria comprar o material para as aulas, que já começam segunda e ele teve a ideia de fazer a cartinha. Mas não tinha esperança. Ele dizia que não ia dar certo, mas eu falei para ele ter fé. Deu certo e estou muito feliz. Agradeço a vocês de coração", ressaltou.
O soldado Emanuel, que falou em nome dos policiais militares do Cisp de Craíbas, explicou que logo após o bilhete chegar ao conhecimento dos PMs, todos se mobilizaram para ajudar.
"A comoção foi tanta que a gente acabou adquirindo mais que o suficiente para ele e conseguimos, dessa forma, ajudar também as duas irmãs dele, uma mais nova e outra mais velha. O sentimento que fica é o de gratidão porque Deus tem nos abençoado, tem nos dado condições de, através das nossas vidas, abençoar a vida de outras pessoas. Isso faz parte da nossa missão, da missão da Polícia Militar", declarou.
José Roberto mora junto com a família nas proximidades do Cisp de Craíbas e, na última quarta-feira, colocou um bilhete no para-brisa da viatura militar. Na cartinha, ele conta que trabalha vendendo frutas na feita, mas que havia sido demitido pela patroa e que, por conta disso, não tinha dinheiro para comprar o material escolar, e então pede ajuda para comprar um caderno e uma caneta.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o trabalho só é permitido para os adolescentes a partir dos 14 anos. Nesta faixa etária até os 17, os adolescentes podem ser contratados com carteira assinada como aprendiz, cumprido expediente de meio período, para não prejudicar os estudos.
Últimas notícias

Simulado de gerenciamento de crises mobiliza forças de segurança em Feira Grande

CPMI do INSS: Alfredo Gaspar denuncia blindagem para convocar envolvidos em roubo de aposentados e pensionistas

Homem é baleado e fica em estado grave após ataque próximo à UPA de Coruripe

Gleisi defende minirreforma ministerial para Lula “arrumar governo”

Leonardo Dias aprova Projeto de Lei que declara a Feirinha da Pajuçara patrimônio cultural de Maceió

Ônibus despenca em ribanceira e causa pânico entre passageiros em Marechal Deodoro
Vídeos e noticias mais lidas

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Policiais militares são presos por extorsão na parte alta de Maceió
