O réu José Milton Moreira, acusado de matar a esposa, Elizenilda Teodoro Moreira, para receber seguro de vida no valor de R$ 1,4 milhão, vai a júri popular na próxima terça (22), no Fórum da Capital.

O crime aconteceu no dia 02 de novembro de 2017, na residência da família. Elizenilda tinha 40 anos e morreu ao bater a cabeça após sofrer um empurrão. Na época, José Milton alegou ter encontrado a vítima caída no chão da cozinha e disse suspeitar que alguém teria invadido a casa para roubar.

Contradições apresentadas pelo acusado e os laudos periciais motivou o delegado Fernando Lustosa a pedir a prisão preventiva de José Milton, que depois admitiu ter empurrado a esposa.

Em sua defesa, ele alegou que foi agredido verbalmente e chegou a ser ameaçado pela vítima com uma arma de fogo e que o empurrão teria sido uma reação em legítima defesa. O acusado disse que possuía uma renda mensal alta e que, por isso, não teria motivo para matar a esposa e obter o seguro do qual era beneficiário.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o casal, que tinha mais de 20 anos de convivência e dois filhos, tinha um relacionamento conturbado, com brigas constantes, que seriam motivadas porque José Milton tinha relacionamentos extraconjugais.

Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o acusado agiu com premeditação. O réu foi pronunciado e será julgado por homicídio qualificado.