Caso Marcelo: policiais militares que participaram da abordagem começam a ser ouvidos na Deic
O empresário faleceu na madrugada da última segunda-feira (5), em um hospital de São Paulo
Quatro policiais militares que teriam participado, no último dia 14 de novembro, em Arapiraca, da abordagem que resultou na morte do empresário Marcelo Leite, foram ouvidos na tarde desta quinta-feira (8), na sede da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), em Maceió.
A informação foi confirmada pelo delegado Sidney Tenório, que, junto aos delegados Filipe Caldas e Cayo Rodrigues, conduz a investigação sobre o caso.
O conteúdo dos depoimentos permanece sigiloso neste período de investigação, mas o delegado Sidney adiantou que outros dois policiais serão ouvidos nesta sexta-feira (9).
Após o encerramento da fase de depoimentos, a comissão de delegados encaminhará o apurado para o Instituto de Criminalística (IC), que realizará o agendamento da reprodução simulada dos fatos, que foi determinada pelo juiz da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, Rômulo Vasconcelos de Albuquerque, após acolher solicitações do Ministério Público Estadual (MPE/AL).
Marcelo dirigia um veículo Hyundai Creta de cor preta e teria, segundo a guarnição policial envolvida, passado em alta velocidade por um "quebra-molas" e, em seguida, desobedecido a uma ordem de parada. Ele foi socorrido pelos próprios policiais e encaminhado ao Hospital de Emergência do Agreste, sendo transferido alguns dias depois para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió e, em seguida, para o Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo, onde veio a óbito na madrugada da última segunda-feira (5).
No relato do flagrante registrado pela PM, os militares informaram que o empresário teria apontado uma arma para a guarnição, que reagiu atirando em direção ao pneu do veículo. Um desses tiros, que teria sido proveniente de um fuzil, perfurou o porta-malas e atingiu Marcelo nas costas.
De acordo com o advogado Victor Oliveira, contratado pela família de Marcelo Leite, a abordagem policial apresenta inconsistências.
"Em breves levantamentos realizados até o momento, constatou-se que a arma de fogo apreendida na ocorrência não foi acondicionada de forma correta. O invólucro em que estava a arma e as munições era inadequado, comprometendo a cadeia de custódia da prova e prejudicando a perícia técnica a ser realizada para auferir possíveis impressões digitais", disse ele.

Arma supostamente apontada por Marcelo contra os policiais
Outra situação que chama a atenção da família e que é sustentada pelo advogado é o fato de que o carro do empresário foi retirado do local onde o fato ocorreu sem a autorização da família ou a presença da perícia técnica.
“Vamos aguardar a investigação para que, se for comprovada a negligência e imperícia dos policiais que participaram dessa ocorrência, que todas as medidas sejam tomadas”, finalizou o advogado.
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