Comércio com a China dá maior saldo para o Brasil há sete anos
É o período de maior domínio de um país na balança brasileira desde 2000
O presidente Luiz Inácio viaja à China no domingo (26) na tentativa de reaproximar o Brasil do seu maior parceiro na economia. O desafio é conseguir a abertura dos chineses à compra de produtos de maior valor agregado.
O saldo na balança comercial entre os 2 países tem o histórico de superavit, com destaque para os últimos 7 anos. O recorde se deu em 2021, quando as exportações brasileiras superaram as importações com a China em US$ 43,4 bilhões –considerando valores corrigidos pela inflação.
Naquele ano, as vendas para o gigante asiático atingiram US$ 94,9 bilhões, o melhor resultado de toda a série histórica, iniciada em 1997. O último deficit foi registrado em 2008, ainda no 2º mandato presidencial de Lula: US$ 3,5 bilhões.
De 2012 a 2015, os melhores resultados foram obtidos no comércio com a Holanda. Nesse período, a balança com os chineses também seguiu positiva para o Brasil. SOJA LIDERA VENDAS PARA A CHINA O maior valor nas exportações brasileiras para os chineses corresponde à soja. Em 2022, o volume negociado foi de US$ 31,8 bilhões, o que representa 36% de tudo o que foi vendido para o país asiático.
O minério de ferro aparece em 2º, com US$ 18,2 bilhões, enquanto o petróleo cru surge em 3º (US$ 16,5 bilhões).
A carne bovina também ocupa espaço relevante: rendeu US$ 8 bilhões para o Brasil no ano passado. Na 5ª feira (23.mar), a China anunciou a retomada das importações do produto.
A exportação de carne bovina brasileira para o país asiático estava suspensa desde 22 de fevereiro. A decisão havia sido tomada pelo governo Lula depois da confirmação de um caso do “mal da vaca louca” registrado no Pará –confirmado depois como sendo atípico. Em contrapartida, válvulas e tubos são os produtos mais importados pelo Brasil, somando US$ 7 bilhões.