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Ex-político e irmão são mortos a tiros ao vivo na televisão na Índia

O nome dos assassinos ainda não foram revelados pela polícia local

Por Uol 16/04/2023 10h10 - Atualizado em 16/04/2023 13h01
Ex-político e irmão são mortos a tiros ao vivo na televisão na Índia
Ex-político e irmão são mortos a tiros ao vivo na televisão na Índia - Foto: Reprodução/ Vídeo

O ex-político indiano Atiq Ahmed, 60, e seu irmão, Ashraf, foram mortos a tiros ao vivo na televisão indiana na noite de ontem. O nome dos assassinos ainda não foram revelados pela polícia local.

O que aconteceu?


Atiq conversava com repórteres quando alguém apontou uma arma para a cabeça dele e atirou. O caso aconteceu em Prayagraj, no norte da Índia.

Ele era ex-parlamentar e estava preso desde 2019, condenado por vários crimes, como sequestro e extorsão. Ele estava sendo levado ao hospital algemado e escoltado pela polícia quando atiradores, que se passaram por jornalistas, atiraram à queima-roupa.

Três pessoas foram presas, informou o agente de polícia Prashant Kumar, sem informar o nome dos supostos atiradores. "Eles foram detidos e estão sendo interrogados", disse.

Assassinos gritaram palavras de ódio contra muçulmanos, minoria étnica na Índia a qual pertenciam os irmãos. A polícia ainda não confirmou se o caso foi motivado por intolerância religiosa.

Um policial e um repórter sofreram ferimentos leves, de acordo com o jornal indiano The Hindu. Eles caíram em meio ao tumulto após os disparos.

Para evitar protestos após a cena chocante, o governo proibiu reuniões com mais de quatro pessoas no estado.

Quem é Atiq Ahmed?


Ahmed foi membro do Parlamento indiano entre 2004 e 2009.

Ele enfrentava mais de cem acusações criminais e estava preso desde 2019. Apesar disso, ele concorreu em eleições da cadeia mais de uma vez.

Filho de Ahmed foi morto nesta semana pela força-tarefa especial do estado de Uttar Pradesh. Asad Ahmed era procurado pelo assassinato de um advogado.

Antes de ser morto, Ahmed dizia a jornalistas porque não foi ao enterro do filho. "Não me levaram, então não pude ir", afirmou.