Os pais das crianças vítimas do incêndio ocorrido na cidade de Canapi, Sertão de Alagoas, neste domingo (14), junto com outros membros da igreja onde as famílias das vítimas congregavam, fizeram uma corrente de orações e cantaram hinos de louvores em frente à casa onde onde ocorreu a tragédia, conforme imagens enviadas para o portal italotimoteo.com.br.

O momento, de muita comoção, foi registrado durante o período da noite. A emoção tomava conta de quem passou pelo local e presenciou a corrente de orações.

As quatro crianças morreram carbonizadas enquanto dormiam no mesmo quarto da casa de um membro da igreja. Duas das crianças eram filhas do dono da residência e as outras duas, eram filhas de um pastor evangélico que as teria deixado na casa enquanto tinha ido levar junto com a esposa, um outro integrante da igreja até um hospital na cidade de Santana do Ipanema.

O curto-circuito ocorrido num ventilador que estava no quarto onde as crianças dormiam é apontada como a causa do incêndio. De acordo com alguns detalhes apontados pelos peritos que foram ao local do incidente nesta segunda-feira (15), o menino Davy Lucas Silva de Jesus, que tinha apenas 8 anos, teria tentado proteger a irmã Aylla Ludmyla Silva de Jesus, de 7 anos, e a outras duas meninas, Maria Aylla Alves de Oliveira Silva, de 9 anos; além da irmã dela, Maria Ariela, de 4 anos.

“Os corpos estavam posicionados no canto oposto à porta do quarto. Uma das vítimas, um menino, estava abraçado com duas das meninas, como se tivesse tentando protegê-las das chamas. A quarta vítima, também do sexo feminino, estava caída ao lado dele, demonstrando que ele ainda tentou salvá-la. Apesar da iniciativa heroica do garoto, todos acabaram morrendo por asfixia e por carbonização”. relatou o perito criminal Clisney Omena.

O morador da casa, que é pai de duas das vítimas, relatou para a polícia que acordou com o fogo já alastrado dentro do quarto e que, mesmo assim, ainda tentou salvar as crianças, mas quando conseguiu entrar no quarto, elas já se estavam sem vida.

Na manhã desta terça-feira (16), a justiça determinou que os corpos das quatro crianças fossem liberados para sepultamento antes do resultado do exame de DNA, ao contrário do que havia sido definido anteriormente.