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Juiz nega recurso que tentava impedir sogra de Roberta Dias ser julgada pelo Tribunal do Júri

Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo Santos são acusados de envolvimento no caso Roberta Dias, a jovem grávida que foi assassinada em 2012

Por 7Segundos com Aqui Acontece 02/08/2023 11h11 - Atualizado em 02/08/2023 12h12
Juiz nega recurso que tentava impedir sogra de Roberta Dias ser julgada pelo Tribunal do Júri
Fórum de Penedo - Foto: Reprodução

O Juiz Nelson Fernando de Medeiros Martins, da 4ª Vara Criminal de Penedo, publicou a sentença de pronúncia determinando que Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo Santos sejam julgados pelo Tribunal do Júri. Os dois são acusados de envolvimento no caso Roberta Dias, a jovem grávida que foi assassinada em 2012.

A defesa da acusada, Mary Jane Araújo Santos, sogra da vítima, tentou reverter a decisão por meio de um recurso chamado "embargos de declaração''. Os advogados dela alegaram que a pronúncia foi omissa, pois se baseou apenas em dois depoimentos e não confrontou as provas apresentadas pela defesa com as provas produzidas pela acusação. E com isso pediram que Mary Jane não fosse impronunciada, ou seja, que não fosse levada a julgamento pelo Tribunal do Júri.

O magistrado Nelson Fernando de Medeiros Martins rejeitou os embargos de declaração e justificou a decisão afirmando que na sentença de pronúncia foram abordadas todas as questões preliminares e teses defensivas apresentadas pelos denunciados em suas alegações finais. De acordo com o juiz, os embargos de declaração não podem ser utilizados como meio para contestar a decisão com base apenas no inconformismo da parte, sendo necessária a apresentação de um recurso cabível para tal fim.

O caso Roberta Dias envolve acusações graves contra Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo Santos, que respondem por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, aborto provocado por terceiro e ocultação de cadáver. As acusações incluem a prática dos crimes em concurso e a participação conjunta dos mesmos.

Com a decisão do juiz, o destino de Karlo Bruno e Mary Jane caminha para ser decidido pelo Tribunal do Júri onde terão a a responsabilidade de julgar os acusados com base nas provas apresentadas durante o processo e em um ambiente de justiça e imparcialidade.

O julgamento é um marco para a cidade que aguarda por respostas e um desfecho adequado para o caso que abalou toda a região.