O processo para a emancipação do Campus da Ufal em Arapiraca segue em tratativas no Ministério da Educação e Cultura (MEC). A iniciativa, que visa fundar a Universidade Federal do Agreste de Alagoas, é aguardada pelos estudantes do campus, conta com o apoio do reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, e o engajamento do deputado federal Daniel Barbosa (PP).

Na tarde de quarta-feira (23), Daniel Barbosa, Tonholo e a vice-reitora Eliane Cavalcante tiveram uma reunião no MEC para tratar do projeto junto a diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federas de Educação Superior, Tânia Mara, e a secretária de Educação Superior do MEC, Denise Pires Carvalho.

"Criar a Universidade Federal do Agreste Alagoano é um dos meus principais compromissos de trabalho. Em Brasília, temos buscado os caminhos para que esse pleito se torne realidade. Estive com o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, no Ministério da Educação para conversar com a diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, Tânia Mara, e também com a secretária de Educação Superior do MEC, Denise Carvalho. O próximo passo é a criação de um grupo de trabalho, com técnicos do Ministério da Educação e da Ufal, para que seja feita a análise de viabilidade para que consigamos, dentro dos trâmites legais, a emancipação da Ufal", declarou Daniel Barbosa.

Secretária de Educação Superior do MEC, Denise Pires Carvalho, recebeu o deputado federal Daniel Barbosa (PP/AL)

O projeto consiste na transformação da estrutura já consolidada do Campus Arapiraca, com 23 cursos de graduação e três mestrados como ponto de partida para a criação da Universidade Federal do Agreste. Com isso, a unidade passa a ter autonomia nas decisões e passa a receber recursos e investimentos direto do governo federal.

Em entrevista recente para o programa Antena Manhã, na Rede Antena7, o reitor Josealdo Tonholo destacou que a criação de uma nova universidade federal no Estado irá facilitar o acesso dos jovens do Agreste a cursos de graduação.

"Alagoas tem atualmente apenas 13% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos na universidade, enquanto a meta nacional é de 33%. Isso significa que o governo federal tem que investir muito ainda na educação superior em Alagoas e a criação da Universidade Federal do Agreste não implica apenas um reposicionamento do Campus Arapiraca, mas também na expansão. Hoje, na área da Saúde, já conta com os cursos de Medicina e Enfermagem, mas já carece de outras formações, como Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Farmácia e outros. O Estado e, principalmente o interior, precisa desses profissionais", ressaltou.

O projeto de emancipação do Campus da Ufal Arapiraca foi apresentado no mês de maio, mas antes disso, o assunto já vinha sendo discutido internamente, com a participação do deputado Daniel Barbosa. A equipe interna está trabalhando na formatação do projeto, mas Tonholo afirma que a criação da Universidade Federal do Agreste de Alagoas está condicionada à decisão final do governo federal.

"Toda e qualquer deliberação depende de uma política federal de expansão das universidades e nós temos uma sinalização de que o MEC está fazendo estudos nesse sentido. Por isso estamos estimulando a formulação de um projeto denso e muito bem feito para garantir o sucesso da empreitada", afirmou o reitor.