Sertão

Acusado de matar mulher com deficiência intelectual a pedradas em Cacimbinhas é condenado a 19 anos de prisão

O cálculo da pena levou em consideração a gravidade do crime e seus atenuantes

Por 7Segundos 10/11/2023 06h06
Acusado de matar mulher com deficiência intelectual a pedradas em Cacimbinhas é condenado a 19 anos de prisão
Aprovados em concurso público de Cacimbinhas cobram posse - Foto: Reprodução

Na última quarta-feira (8), a Vara do Único Ofício de Cacimbinhas, sob a condução do juiz Wilians Alencar Coelho Júnior, proferiu a sentença que condena Wemerson Silva dos Santos a 19 anos e três meses de prisão pelo brutal assassinato de Margarida Pastoura da Conceição. O crime que chocou a pequena comunidade de Dois Riachos, interior de Alagoas, ocorreu em abril de 2017.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), a motivação por trás do homicídio foi um incidente banal: a vítima, Margarida, que era portadora de deficiência intelectual, teria quebrado uma garrafa de bebida pertencente ao réu e a um amigo dele, identificado como Robson Luiz da Silva.

O cálculo da pena levou em consideração a gravidade do crime, destacando-se o motivo fútil, o meio cruel empregado e o recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz manteve a prisão de Wemerson, determinando que ele cumpra a pena em regime inicial fechado.

SOBRE O CRIME


Conforme detalhado pelo MPAL durante o julgamento, o denunciado e seu comparsa estavam consumindo bebidas alcoólicas quando a tragédia começou a se desenrolar. Margarida, após quebrar a garrafa de aguardente dos acusados, empreendeu fuga.

A acusação sustenta que, em um ato de represália, Wemerson e Robson perseguiram a vítima até um beco conhecido como "beco do Nelson". Lá, desferiram pedradas contra Margarida, que acabou caída e sangrando no chão. Não satisfeitos, ao perceberem que a vítima ainda respirava, um dos agressores lançou um paralelepípedo em sua cabeça, resultando na morte da mulher.

Após o hediondo ato, os acusados empreenderam fuga, mas apenas Robson foi capturado. Ele confessou sua participação no crime e afirmou agir em conluio com Wemerson. Robson permanece detido em prisão cautelar à espera de seu próprio julgamento.