Policial acusado pela morte do empresário Marcelo Leite é preso após descumprir medidas cautelares
O réu foi flagrado em festas com bebida alcoólica, que foi proibido pela Justiça de Alagoas
O policial militar Jilfran Batista, de 31 anos, um dos acusados do pela morte do empresário Marcelo Leite foi preso na manhã desta quarta-feira (22), após descumprir medidas determinadas pela Justiça de Alagoas.
O réu se apresentou voluntariamente ao comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, localizada em Arapiraca, onde ficará recluso pelo menos até a audiência de custódia, marcada para logo mais às 12h30 desta quarta-feira.
A prisão de Jilfran foi determinada pelo juiz da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, Alberto de Almeida. O magistrado acatou os pedidos do Ministério Público e dos advogados da família da vítima em que denunciam que o réu - que responde pelos crimes de homicídio qualificado, fraude processual e denunciação caluniosa - descumpriu, ao menos duas vezes as medidas cautelares que concediam a liberdade provisória.
"Conforme restou cabalmente noticiado nos autos, o acusado, em diversos momentos, mesmo ciente das medidas cautelares impostas em seu desfavor, as descumpriu, mormente aquela descrita no item 3, qual seja, "proibição de freqüentar bares, boates, shows ou locais com uso de bebidas alcoólicas e aglomeração de pessoa", pois, pelas imagens carreadas às p. 2378-2387, resta clarividente a presença do acusado em diversos locais festivos, em que se vislumbra o uso de bebida alcoólica e também a nítida aglomeração de pessoas", afirma o juiz em sua decisão.
RELEMBRE O CASO
Marcelo dirigia um veículo Hyundai Creta de cor preta e teria, segundo a guarnição policial envolvida, passado em alta velocidade por um "quebra-molas" e, em seguida, desobedecido a uma ordem de parada.
Ele foi socorrido pelos próprios policiais e encaminhado ao Hospital de Emergência do Agreste, sendo transferido alguns dias depois para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió e, em seguida, para o Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo, onde veio a óbito na madrugada da última segunda-feira (5).
No relato do flagrante registrado pela PM, os militares informaram que o empresário teria apontado uma arma para a guarnição, que reagiu atirando em direção ao pneu do veículo. Um desses tiros, que teria sido proveniente de um fuzil, perfurou o porta-malas e atingiu Marcelo nas costas.