Em carta, médicos do Chama constestam crise financeira e decisão do hospital de suspender atendimento pelo SUS
Documento, que foi enviado ao Ministério Público e à Secretaria de Saúde de Arapiraca, sugerem realização de auditoria no hospital

Os médicos da equipe de cardiologia do Chama divulgaram, na tarde desta quinta-feira (29), uma carta aberta sobre a situação do setor, que corre o risco de suspender os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que atende 40 municípios do Agreste e Sertão alagoano.
O documento (que pode ser lido, na íntegra, ao final da matéria) endereçado à 6ª Promotoria do Ministério Público e à Secretaria Municipal de Saúde, contesta a informação de que dificuldades financeiras enfrentadas pelo hospital inviabilizam os serviços do SUS de cardiologia complexa, como cateterismos, tratamento de infarto com angioplastias, cirurgias cardíacas e marca-passos.
"Os representantes do hospital apresentaram dados e planilhas que, embora mostrem que existe viabilidade financeira para a manutenção do serviço, não atendem as expectativas financeiras do hospital, segundo seu sócio administrador responsável", afirma a equipe médica na carta.
A declaração se refere a uma reunião com os setores administrativo e jurídico do Chama, ocorrida no dia 20 de fevereiro, em que os médicos foram comunicados da suspensão dos serviços pelo SUS, que aconteceria a partir do dia 23. A medida só não foi colocada em prática devido notificação do Ministério Público, que em recomendação encaminhada ao Chama informou que o hospital poderia ser penalizado caso colocasse a medida em prática.
Os médicos reconhecem que o atraso no pagamento ao hospital do programa Mais Saúde, efetuado pelo governo do Estado, referente a um período entre 2022 e 2023, interfere na situação atual do Chama, mas "por não possibilitar o crescimento e aumento na capacidade de atendimentos a mais pessoas", e não inviabiliza a manutenção dos serviços.
O grupo de médicos sugere ainda a realização de uma auditoria financeira e de gestão do serviço de cardiologia, para a produção de um estudo independente sobre a receita e a despesa do setor cardiológico, e ainda uma mudança na gestão do setor. Em vez de suspender os serviços de cardiologia, fazer justamente o contrário: aumentar o número de procedimentos e cirurgias realizados pelos SUS, o que geraria um aumento nos pagamentos federais.
O setor de cardiologia do Chama atualmente é referência para Arapiraca e todos os municípios do Agreste e Sertão do estado. Quando um paciente cardiológico dessas cidades necessita de internação ou alguma intervenção cirúrgica, entra para a regulação de leitos destinados ao hospital.
Caso o serviço seja suspenso, essa regulação teria que ser feita para Maceió, cuja quantidade de leitos nem sempre é suficiente para atender a demanda da região.
O 7Segundos fez contato com o escritório jurídico que presta serviços ao Chama, mas até o fechamento da matéria nenhuma resposta foi enviada. O espaço está aberto à manifestação do hospital e a matéria será atualizada assim que algum posicionamento for encaminhado.



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