O Ministério Público de Alagoas (MPAL) tomou medidas enérgicas contra um trágico acidente ocorrido no dia 8 de setembro de 2023, na zona rural de Palmeira dos Índios. O incidente resultou na morte de um adolescente e deixou outros dois feridos. O promotor de Justiça Márcio Dória, após análise minuciosa do caso, requereu a instauração de ação penal pública, buscando a condenação do condutor envolvido e uma indenização para as vítimas e suas famílias.

Segundo os relatos contidos nos autos, o motorista conduzia em alta velocidade pela rodovia quando perdeu o controle do veículo, culminando na tragédia que ceifou uma vida jovem e deixou outras duas pessoas feridas.

"Não há margem para dúvidas quanto à imprudência do condutor. Ao desrespeitar as leis de trânsito, ele estava plenamente ciente dos riscos envolvidos. É especialmente preocupante o fato de ter deixado o local sem prestar socorro. É imperativo que ele seja responsabilizado pelos seus atos e que a justiça seja feita. É importante ressaltar que todas as vítimas eram parentes", enfatiza o promotor.

Uma das vítimas relatou ter saído de casa na companhia da irmã, por volta das 7h30, com o propósito de esperar pelo transporte escolar na rodovia. Logo em seguida, um primo chegou ao local e foi a primeira vítima atingida pelo veículo. O relato descreve a velocidade tão impactante do carro que, no momento em que os irmãos testemunharam o primo sendo atingido, eles mesmos foram envolvidos no acidente. Por sorte, um cidadão passava pelo local e prestou socorro. 

O motorista, por sua vez, buscou evadir-se da cena, chegando até mesmo a chamar uma pessoa próxima para acionar o serviço de emergência médica. Durante o interrogatório, ele confessou os crimes, mas tentou justificar sua ação como uma tentativa de ajuda, uma argumentação negada pelas vítimas sobreviventes.

O Ministério Público considera que, no caso da vítima fatal, o motorista é responsável por homicídio culposo, cuja autoria e materialidade foram comprovadas por laudos periciais, que apontaram traumas consistentes com politraumatismo causado pela ação do veículo.

Quanto às demais vítimas, o MPAL atribui ao acusado a materialidade e autoria dos crimes de lesão corporal culposa grave e lesão corporal culposa simples.

O histórico do acidente, conforme registrado no Boletim de Ocorrência, revela que o acusado conduziu o veículo de maneira imprudente, invadindo o acostamento e atropelando estudantes que aguardavam transporte próximo à serra das espias, próximo ao antigo posto fiscal.