ONG de Lagoa da Canoa é acusada de receber quantia milionária e não prestar contas
A ONG Abraçando Vidas recebeu mais de R$1 milhão de emendas do ex-deputado estadual Jairzinho Lira

A Organização Não Governamental (ONG) Abraçando Vidas do município de Lagoa da Canoa é acusada de receber mais de R$1 milhão de emendas parlamentares do ex-deputado estadual Jairzinho Lira e não prestar contas. A informação é do jornalista Wadson Correia.
A ONG, que funciona há 7 anos na cidade, está sendo investigada pelo Ministério Público de Alagoas pela falta de transparência na utilização de R$1.350.000,00 em serviços que seriam supostamente para a sociedade.
O jornalista foi até a sede da Abraçando Vidas e questionou a falta de transparência tanto no próprio site, quanto em meios públicos. A tesoureira da ONG, Thaísa Meire respondeu que seriam problemas burocráticos a falta de divulgação.
“Como a gente fez a mudança no CNPJ, estamos com dificuldade no cartório. O cartório como não é vinculado a receita, estamos com dificuldades para fazer o cadastro”, explicou Thaísa.
No entanto, a reportagem do jornalista conseguiu com exclusividade um documento do cartório de Lagoa da Canoa, na data de 23 de fevereiro de 2024 que esclarece não ter sido encontrado nenhum registro de prestação de contas da Associação.

Na sede, é divulgado pela ONG nas redes sociais que há atendimento médico para a população. Porém, após checagem na Prefeitura de Lagoa da Canoa, foi verificado que a ONG não tem permissão para área de saúde e sim, apenas, para atuar na área de defesas sociais e questões ligadas à cultura e a arte.
A Vigilância Sanitária do Município notificou a associação pela atividade irregular e estaria comprometendo a saúde de pessoas carentes que buscam atendimento. O chefe da Vigilância, Marcos Aurélio, relatou que foi pedido a documentação e que estava irregular.
“A gente notificou o estabelecimento para apresentar essas atividades e foi dado um prazo de dez dias, que já se expirou. Sem a autorização da vigilância eles não podem fazer serviço de saúde no município”, contou Marcos.
O Procurador-Geral do Ministério Público solicitou providências ao Promotor da comarca para apurar as denúncias mostradas na reportagem.
O Conselho de Odontologia (CRO-AL) declarou que há uma fiscalização em curso e que a ONG não tinha autorização para realização de procedimentos odontológicos. O Conselho Regional de Medicina (CREMAL) disse que já notificou a ONG após fiscalização.
Os responsáveis pela associação podem responder por improbidade administrativa e pela ausência de documentos contábeis solicitadas em ação judicial
A presidente da associação Maria de Fátima e o ex-deputado foram procurados pela reportagem mas não responderam.
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