Hospital de Santana do Ipanema é investigado por violência obstetrícia
Procedimento conhecido como epistomia só deve ser ser realizado em casos excepcionais
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) abriu um procedimento administrativo para investigar o Hospital Regional Dr. Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema, por suspeitas de realizar episiotomias de forma excessiva e sem o consentimento das pacientes. A prática, que consiste em um corte no períneo para facilitar o parto, deve ser usada apenas em casos excepcionais, conforme recomendam a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A apuração foi motivada por denúncias de que o hospital estaria desrespeitando protocolos médicos, aplicando a técnica de forma rotineira, sem informar adequadamente as pacientes sobre os riscos envolvidos ou obter o consentimento informado. De acordo com relatos, as mulheres não estavam sendo consultadas previamente nem assinando o termo de autorização exigido em situações desse tipo.
Antes da investigação ser assumida pelo MPAL, o Ministério Público Federal (MPF) já havia emitido recomendações à unidade hospitalar para a adequação das práticas obstétricas. Contudo, a ausência de respostas por parte do hospital motivou o encaminhamento do caso à esfera estadual.
O promotor de Justiça Alex Almeida, responsável pela condução da apuração, destacou a gravidade das denúncias e a necessidade de combater a violência obstétrica. "É fundamental assegurar o respeito à dignidade e à segurança das parturientes. Não se pode admitir práticas invasivas e prejudiciais sem a devida justificativa ou consentimento das pacientes", afirmou.
A episiotomia é um procedimento controverso e pode trazer complicações graves quando realizada sem necessidade. Entre os possíveis danos estão dores persistentes, infecções, disfunções do assoalho pélvico e até traumas psicológicos. A OMS orienta que o corte seja feito apenas em casos específicos, quando os benefícios superam os riscos.
O MPAL informou que está coletando depoimentos de pacientes, analisando documentos e buscando ouvir os responsáveis pela gestão do hospital. Caso sejam confirmadas irregularidades, os responsáveis poderão responder por danos morais, além de outras penalidades previstas na legislação.
Últimas notícias
Batalhão de Choque é acionado para desobstruir a BR-104 após protesto por falta de água em Rio Largo
Bolsa supera os 162 mil pontos com dados de desaceleração da economia
Moraes manda exames de Bolsonaro para perícia da PF analisar
Após SBT negar ida de Flávio em programa, Ratinho confirma presença
Pesquisa da Flup mostra força da literatura nas periferias do Rio
Renan Filho autoriza R$ 481 milhões em investimentos na duplicação da BR-104/AL
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
