[Vídeo] Viralizou! Homens gastam até R$ 22 mil em curso para liberar emoções
Com valores que variam de R$ 2,5 mil a R$ 22 mil, homens participam de encontros para experiências de afeto e autoconhecimento, em São Paulo
![[Vídeo] Viralizou! Homens gastam até R$ 22 mil em curso para liberar emoções](https://img.7segundos.com.br/QZ1fBXIjcTsL9zjD8R5o1JfiaL4=/1110x650/s3.7segundos.com.br/uploads/imagens/8065174e39f329c49f1c29d59e908b8.avif)
“Conecte-se com sua vulnerabilidade. Experimente todo o potencial orgástico por meio de práticas sensoriais e afetivas”, propõe o site de Daniel Bittar, 35 anos, ao descrever o curso terapêutico que oferece.
A iniciativa viralizou nas últimas semanas após a divulgação de um vídeo em que homens aparecem emocionados, abraçados e conectados — uma imagem que chama atenção em uma sociedade ainda marcada pela masculinidade tóxica.
“A gente se conhece através do sentir, pelo autoconhecimento. Muitas vezes ficamos preso naquilo que a gente pensa que é, mas a realidade é maior do que isso”, analisa o terapeuta.
Os retiros, cujas imagens viralizaram, são voltados para homens cis ou trans, não-binários e mulheres trans que se sentirem à vontade com a ideia. A maioria dos participantes é formada por homens gays e bissexuais.
Os valores para participar do Body&Heart variam de R$ 2,5 mil a R$ 22 mil, a depender do pacote escolhido. O mais barato é oferecido na capital paulista, em uma casa na região de Pinheiros. Já o retiro, mais caro, é realizado em Ilha Bela, com duração de mais de um dia.
Bittar avalia que o contato físico é lido por muitos homens gays como um “prelúdio para o sexo”. Já para os héteros, esse tipo de contato pode ser interpretado como um sinal de homossexualidade. “No entanto, o afeto é o principal caminho para o sentir, o autoconhecimento, o que permite ganhar mais percepção sobre si, os outros e a espiritualidade”, defende.
“Se ficar excitado, tudo bem. É um processo fisiológico, assim como o batimento cardíaco. Só não vai poder seguir no que isso engatilha”, delimita. Ele também conta que tem atendido homens héteros. “´É uma experiência muito rica”.
O terapeuta destaca que há descontos significativos nos valores pagos por homens negros e indígenas e pessoas trans.
Curso neotântrico
Daniel Bittar conta que na infância já se interessava por atividades como yoga e astrologia. Aos 24, entrou em contato com o neotântrico, movimento religioso ocidental que se baseia nas tradições espirituais do Tantra, também conhecido como sexualidade tântrica, com abordagem prática e terapêutica que ajuda na ressignificação de traumas, neuroses e compulsões.
Para o jovem, foi uma forma de lidar com as dores relacionadas à sua sexualidade e abusos sofridos. Em um relacionamento, ele teve que enfrentar os próprios traços tóxicos.
“No início, era apenas um curso neotântrico. Mas, aos poucos, fui integrando essas vivências dentro das propostas de exercícios”, lembra. “Não é para qualquer um, porque você vai se deparar com as suas sombras, por mais que se esforce para ser uma boa pessoa”.
Os cursos começaram no final de 2022 e, desde então, se tornaram a principal fonte de renda de Daniel Bittar. Formado em comunicação, ele já atuou como cineasta e chegou a ter uma produtora, mas encontrou na terapia sua verdadeira vocação. “Poderia estar ganhando mais dinheiro com outras coisas, mas não seria feliz”, afirma.
Segundo Bittar, milhares de homens já participaram dos retiros, embora ele não tenha uma estimativa precisa. Entre os nomes conhecidos que já passaram pela experiência está o ex-BBB e sexólogo Mahmoud Baydoun.

No momento, ele está encerrando uma temporada na Itália e está voltando para o Brasil. Uma das grandes diferenças que percebeu entre os dois países é que, no Brasil, as mulheres são as que mais relatam situações de abuso ao longo da vida (ele também faz atendimentos individuais, disponíveis para todos os públicos adultos). “Já na Itália, eu percebo uma grande repressão religiosa e mais homens relatando essas situações de abuso”.
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