Saúde

Estudantes da Ufal Arapiraca denunciam ataques de cães abandonados no campus

Alunos relatam mordidas e dificuldades no atendimento médico devido à falta de vacina antirrábica na cidade

Por 7Segundos 21/03/2025 07h07 - Atualizado em 21/03/2025 07h07
Estudantes da Ufal Arapiraca denunciam ataques de cães abandonados no campus
Estudantes da Ufal Arapiraca denunciam ataques de cães abandonados no campus - Foto: Reprodução

Estudantes do Campus Arapiraca, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), procuraram o Portal 7Segundos para denunciar que estão sendo atacados por cães de rua abandonados na instituição. Segundo os relatos, somente nos últimos dois dias, pelo menos seis pessoas foram mordidas pelos animais, gerando preocupação e sensação de insegurança na comunidade acadêmica.

A denúncia aponta que o problema do abandono de animais na Ufal Arapiraca não é recente. Para minimizar a situação, um grupo de estudantes criou o projeto Doguinhos da Ufal, que se mantém sem qualquer apoio financeiro de órgãos públicos. Os voluntários custeiam alimentação, castrações e outros cuidados básicos para os animais, mas a falta de recursos tem dificultado o controle da população de cães no campus.

Nos últimos dias, no entanto, alguns animais teriam começado a atacar indiscriminadamente alunos e funcionários. “Está um caos. Ontem foram três pessoas mordidas, hoje mais três. Sempre ligamos para o Corpo de Bombeiros, mas eles dizem que não podem fazer a retirada dos cachorros, apenas amarrá-los até que alguém os leve. Já o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) nos informou que não pode intervir porque já está sobrecarregado e não tem como deslocar equipes para cá”, relatou uma estudante, que preferiu não se identificar.

Além do risco de novos ataques, outra preocupação relatada é a dificuldade no acesso ao tratamento adequado para quem foi mordido. Os estudantes afirmam que não há vacina antirrábica disponível no município e que os feridos estão sendo orientados a buscar atendimento em Maceió, a cerca de 130 km de distância.

O Portal 7Segundos entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde para esclarecer as denúncias sobre o CCZ e a falta de imunizantes contra a raiva, mas ainda não obteve resposta.