Polícia

[Vídeo] Operação de combate a fraudes fiscais cumpre mandados em galpão e condomínio de luxo em Arapiraca

Ação investiga o uso de empresas de fachada no comércio atacadista de alimentos que gerou mais de R$16 milhões de prejuízo

Por 7Segundos 16/10/2025 07h07 - Atualizado em 16/10/2025 11h11
[Vídeo] Operação de combate a fraudes fiscais cumpre mandados em galpão e condomínio de luxo em Arapiraca
Operação de combate a fraudes fiscais cumpre mandados em galpão e condomínio de luxo em Arapiraca - Foto: Assessoria

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Ceres, que tem como um dos principais alvos o município de Arapiraca, no Agreste do Estado. A ação investiga uma organização criminosa envolvida em fraudes fiscais e falsificação de documentos, com atuação concentrada no comércio atacadista de alimentos, especialmente na venda de farinha de trigo.

Em Arapiraca, equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), com apoio das Polícias Civil e Militar, cumpriram mandados de busca e apreensão em diferentes pontos da cidade. Um dos locais vistoriados foi um galpão situado na Rua Expedicionário Brasileiro, no bairro Baixa Grande, utilizado para armazenamento e movimentação de mercadorias.

Os agentes também estiveram em um galpão comercial no bairro São Luiz, que funcionava como base de operações do grupo, e em um condomínio residencial de alto padrão na zona nobre da cidade, onde foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos que podem auxiliar nas investigações.

De acordo com o MPAL, o esquema utilizava empresas de fachada registradas em nome de “laranjas”, com movimentação financeira muito superior à renda declarada pelos supostos proprietários. As investigações apontam que milhões em tributos deixaram de ser recolhidos, gerando um prejuízo superior a R$ 16 milhões aos cofres públicos — valor que inclui dívidas ativas e obrigações administrativas não pagas.

A operação contou com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Segurança Pública (SSP), da Polícia Científica e das forças policiais estaduais.

Giovanni Luiz/ 7Segundos

O nome “Ceres” faz alusão à deusa romana da agricultura, símbolo da fertilidade e das colheitas — uma referência direta ao trigo, principal produto comercializado pelas empresas envolvidas no esquema.