Mateus Carrilho sobre fluidez sexual: "Não posso me colocar dentro de uma caixa"
Cantor explicou sobre o assunto
Aos 33 anos, Mateus Carrilho se prepara para lançar seu primeiro disco solo, desde que deixou a Banda Uó, em 2017. O projeto está sendo concebido após o cantor somar canções de sucesso como os feats com Pabllo Vittar (Corpo Sensual) e Gloria Groove (Noite de Caça), e o mais recente Faz Fumaça, com a participação de João Guilherme no clipe. O artista precisou desse tempo para se descobrir melhor musicalmente e revelar sua essência.
"As pessoas podem esperar o melhor de mim. Amadureci muito, aprendi muito, evolui, tive tempo para idealizar esse trabalho. Estou por trás de cada detalhe. Estamos no processo, mas não tenho dúvida que será uma virada de chave na minha carreira", acredita ele, que se diz privilegiado. "Tive muita sorte, porque eu fui abraçado por muita gente, nunca parei de fazer show e trabalhar. Acho que algumas pessoas se apegam ao passado, alimentando algo que já passou. Nós estamos contando nossa história de hoje, vivendo o presente. Você está no mesmo lugar de anos atrás? Aposto que não", questiona.
Faz Fumaça é um single bem para cima e seduzente. Carrilho explica como surgiu a ideia. "Sabia que o verão estava se aproximando e amo essa data, o calor, a energia, a quantidade de festas. Essa música me escolheu, acho que foi uma das minhas composições mais rápidas. Ela veio prontinha, e o que eu imaginei foi o flerte, quando você vê alguém e arruma qualquer desculpa para se aproximar e conseguir um beijo", conta.
João Guilherme não foi convidado à toa para o clipe. Desde que o muso teen aderiu ao bigodinho fininho, alguns internautas passaram a comparar os dois. "É uma brincadeira nossa. A gente se conhece a um tempinho, e as pessoas sempre comentam a semelhança no visual, o bigode, o cabelo, as roupas, a gente aproveitou o hype e se juntou", diz, aos risos.
O músico fala da importância de fazer parceria com outros artistas para fortalecer o trabalho. "Com certeza, quanto mais a gente se juntar, mais forte a gente fica. Lembro que a alguns anos atrás o line-up de pop no Brasil era Banda Uó, Anitta e Ludmilla. Hoje, olha a quantidade de artistas desse segmento, faz nosso mercado girar, nossa música crescer, todos saímos ganhando", acredita.
Mateus luta para que os cantores pops sejam mais aceitos no mercado brasileiro. Existe uma resistência até do público LGBTQIAP+ sendo mudada aos poucos. "O pop masculino, se assim posso dizer, ainda é um bebê no Brasil. Então, já é um mercado mais difícil por isso. Mas acho que estamos conseguindo contar uma nova história, abrindo caminho. Sempre penso que é possível", avalia.
Ao declarar no passado que não se identificava mais como gay, por ser livre de rótulos, o artista foi mal-interpretado. Mateus explica sua sexualidade. "Estava falando sobre fluidez sexual. Percebi há alguns anos que eu não posso me colocar dentro de uma caixa e fim. Acho que somos múltiplos. Nós estamos criando novos imaginários, novas perspectivas, isso também amplia nosso campo de desejo. A gente se descobre em lugares que não imaginávamos. Hoje, alguns anos depois, já percebo que as pessoas estão mais abertas a essa discussão", conclui.
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