O confronto entre Brasília e Natal pela13ª rodada da Superliga Masculina de Vôlei teve vitória do time do Nordeste por 3 sets a 0, com parciais de 25/16, 25/21 e 25/20, na última sexta-feira (28).

Mas o jogo realizado na capital potiguar ficou marcado por um ataque homofóbico ao meio de rede Dutra, do time da capital federal.

"Aí, saca logo, seu baitola! Essas foram as palavras do indivíduo que me ofendeu. Estava vestido com a camisa amarela do Brasil. Assim ele foi identificado" - escreveu o jogador em suas redes sociais.

Após as ofensas, Dutra vem recebendo apoio de várias pessoas. Tiffany, primeira jogadora trans a atuar na Superliga, foi uma das que manifestaram apoio ao meio de rede. Apesar de um pedido de desculpas, o jogador fez questão de reportar o caso ao delegado da partida que vai pedir punição ao agressor.

CBV, clube e jogador se pronunciam sobre o caso
Após o caso, a Confederação Brasileira de Vôlei já anunciou em nota que vai analisar a súmula e o relatório do delegado da partida para decidir que atitudes vai tomar.

"A CBV preza pela inclusão e igualdade, e repudia toda forma de violência, preconceito ou desrespeito. A súmula e o relatório do delegado da partida serão analisados para adoção das medidas cabíveis."

Já o jogador fez uma publicação em suas redes sociais lamentando o ocorrido na capital potiguar.

“Bom, hoje perdemos um jogo importante, fico triste, mas o que mais me deixou triste foi o ato de discriminação que eu fui obrigado a ouvir em relação à minha orientação sexual”, lamentou.

Já o Funvic Natal, clube mandante da partida onde a situação aconteceu também fez questão de se posicionar e dizer que o responsável pelas ofensas não representa o pensamento de sua torcida.

“A equipe e seus apoiadores respeitam a diversidade e ressaltam que este tipo de preconceito não deveria existir. Além disso, destacam que o responsável não representa a maior parte da torcida potiguar, apaixonada pelo esporte”, finalizou.